O ministro Orlando Silva (Esporte), que ficou conhecido pela compra de
tapioca com cartão corporativo, vai receber da União R$ 26,3 mil a
título de devolução. É o que consta da conclusão da análise que a
Controladoria-Geral da União (CGU) fez a respeito dos gastos do
ministro com cartão, entre os anos de 2006 e 2008. Segundo a CGU, como
o ministro se antecipou e devolveu R$ 34,3 mil aos cofres públicos,
coube à instituição analisar o valor a ser restituído ao erário e o que
Orlando teria direito a receber.
A CGU explica que o ministro, além do valor devolvido antecipadamente,
já havia recolhido ao Tesouro Nacional, em 2007, valores de R$ 8,30 (em
compra na Tapiocaria Maria Bonita), R$ 352,25 pelo pagamento irregular
de despesa de hóspede na Hotelaria Accor e mais R$ 2,00 (em 2006)
referentes à diferença entre o valor da nota fiscal de um hotel e o
valor lançado no Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPFG). Ainda
de acordo com o órgão, foi configurado o recolhimento de tais valores
de forma duplicada, elevando-se de R$ 25,9 mil para R$ 26,3 mil o
montante passível de devolução ao ministro do Esporte.
Segundo a assessoria da CGU, "a diferença entre esse valor e o total
recolhido alcança R$ 8.405,35 e corresponde às despesas consideradas
pela CGU como impróprias para serem feitas com o CPGF".
A CGU informa ainda que, dos R$ 34,3 mil pagos pelo ministro via cartão
durante o período analisado, R$ 13,3 mil são referentes a alimentação;
R$ 20,6 foram gastos com hospedagem; e R$ 454 pagos com serviços de
transporte (táxi para locomoção em aeroportos). Segundo a
Controladoria, as três modalidades de despesas são "em princípio,
elegíveis para custeio com o cartão de pagamento, desde que compatíveis
com as agendas de trabalho das autoridades e que não incluam despesas
com terceiros". (Fábio Góis)
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