O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (10), anunciou há
pouco um reajuste de quase R$ 10 mil na verba de gabinete dos
parlamentares. Atualmente, cada um dos 513 deputados têm direito a R$
50.815,62 para serem gastos no pagamento de assessores. Com o aumento,
eles passarão a receber R$ 60 mil.
A decisão da Mesa Diretora da Câmara tem por base as perdas com a
inflação dos últimos anos. De acordo com Chinaglia, o aumento é para
recuperar os salários dos servidores de gabinetes dos deputados, que
não recebem reajuste desde 2005.
O petista afirmou que o reajuste não terá impacto nas contas públicas,
pois o dinheiro virá na venda da folha de pagamento dos funcionários da
Câmara. "Nós fazemos as coisas às claras. Não vamos gastar um centavo
do dinheiro público", declarou.
De acordo com o regimento da Casa, os parlamentares podem contar com no
mínimo cinco e no máximo 25 assessores. O valor mensal gasto com esse
benefício chega a R$ 26 milhões.
Além de receberem recursos para contratar assessores, os deputados
também contam com verba indenizatória. O dinheiro é usado pelos
parlamentares para ressarcir despesas com combustível, locomoção
(diárias e refeições, por exemplo), divulgação do mandato,
consultorias, aluguel de escritórios políticos, material de expediente,
serviços de segurança e assinatura de publicações, TVs a cabo, internet
e programas de computador.
Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que de fevereiro a
dezembro de 2007 a Câmara dos Deputados gastou R$ 78,5 milhões com a
verba indenizatória. (Leia mais) (Tatiana Damasceno e Rodolfo Torres)
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