quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Lobão Filho desiste de se licenciar de mandato parlamentar

Lobão Filho desiste de se licenciar de mandato parlamentar

O senador recém-empossado Edison Lobão Filho (DEM-MA) desistiu de se
licenciar do cargo para se defender em uma eventual investigação sobre
suas atividades empresarias.

- Hoje cheguei à conclusão de que o mais correto é tomar posse e
permanecer no cargo - anunciou pouco depois ser empossado, nesta
quarta-feira (30), no gabinete da Presidência do Senado.

Lobão Filho foi alvo de denúncia pelo suposto uso de terceiros para
ocultar sociedade em uma distribuidora de bebidas acusada de
envolvimento em esquema de sonegação de impostos. Na ocasião, o
parlamentar disse considerar o assunto "fora de pauta" e "devidamente
explicado". E justificou não ter apresentado ainda sua defesa ao Senado
por haver prometido encaminhá-la primeiro a seu partido.

Neste momento, o senador pelo Maranhão disse estar focado nos
"problemas políticos" que poderá enfrentar junto ao Democratas, ao qual
é filiado há 20 anos e por quem se considera atingido por
pré-julgamento político. Assim, Lobão Filho estuda uma maneira de
"resolver a vida partidária", já que foi convidado a se desfiliar.
Disse ainda não temer ser acusado de infidelidade partidária, pois a
lei permitiria o desligamento em caso de "hostilidade e perseguição".

- Sinto-me livre politicamente para dizer ao meu partido que não estou
confortável nele e desejo me retirar. E acho que isso será feito
amigavelmente, pelas conversas que já tive - comentou.

Lobão Filho disse ter recebido convites para ingressar em outras
legendas, inclusive do PMDB, partido com o qual teria uma dívida moral
por ter acolhido o seu pai, o senador licenciado e ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão. Também foi convidado para ingressar no PTB, pelo
senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA); e no PR, embora diga ainda não ter
tomado uma decisão sobre o assunto.

- Acho que devo aguardar, ouvir as vozes da experiência, conversar com
vários parlamentares para definir a minha situação real com o meu
partido - ponderou.

Entre os projetos que o senador pretende apresentar, está um que acaba
com a figura do suplente de senador e com a dos parlamentares eleitos
pela legenda, a quem chamou de "deputados sem voto". No Congresso, já
existem algumas proposições sobre esses assuntos em tramitação.

Indagado pelos jornalistas sobre a autoridade que teria para apresentar
tal proposição, ele respondeu:

- Com a autoridade de senador suplente que acabou de assumir.
Elina Rodrigues Pozzebom / Agência Senado --
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=71177&codAplicativo=2


--
Linux 2.6.24: Arr Matey! A Hairy Bilge Rat!
http://u-br.net http://www.abusar.org/FELIZ_2008.html

Nenhum comentário: