Trechos do relatório final da Polícia Federal sobre o esquema de
corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
envolvendo o ex-diretor da estatal Maurício Marinho foram revelados
hoje (26) pela revista Veja.
De acordo com a reportagem, "a PF, com a ajuda de auditores, constatou
que os contratos assinados por Marinho e outros diretores dos Correios,
em sua maioria, foram 'cavilosamente fraudados'". Entre os problemas
identificados estavam licitações dirigidas, compras desnecessárias e
superfaturamento.
No relatório, a polícia explica que o nome de Marinho havia sido
indicado pelo PTB e que o partido usava sua influência para fazer
acordos com as empresas que prestavam serviços aos Correios. De 3% a 5%
de tudo o que essas empresas ganhavam a partir do contrato com a
estatal ia para o PTB. "As solicitações de contribuições aos
fornecedores da ECT por parte dos empregados dos Correios, membros da
quadrilha, eram explícitas e algumas vezes chegavam à beira da
extorsão. Além da entrega de dinheiro em troca de informações e de
benefícios indevidos nos procedimentos administrativos de licitação,
nas prorrogações de contratos, na repactuação de preços, os
fornecedores da ECT também contribuíam diretamente para o partido nas
campanhas eleitorais", diz o relatório da PF, segundo a Veja.
Embora as provas contra o envolvimento do PTB no esquema sejam mais
evidentes, a polícia também suspeita da participação de outros
partidos. O PT, inclusive, diz a revista, é alvo de dois inquéritos na
PF. (Soraia Costa)
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