domingo, 11 de maio de 2008

Fw: Ministério Público investiga Lindberg Farias, afirma Istoé

URL: http://congressoemfoco.ig.com.br/Ultimas.aspx?id=22241

Reportagem da revista Istoé publicada neste domuingo (11) afirma que o
ex-líder dos caras-pintadas e atual prefeito de Nova Iguaçu (RJ),
Lindberg Farias, está sendo investigado por fraudes cometidas na sua
admistração pelo Ministério Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro,
pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT).

Leia os primeiros trechos da matéria do repórter Mino Pedrosa:

Nascido em 8 de dezembro de 1969, quase um ano depois que o AI-5
mergulhou o País nas trevas da repressão política, o paraibano Luís
Lindberg Farias Filho se tornaria nacionalmente conhecido como um dos
mais importantes líderes estudantis da geração surgida com a
redemocratização. Em 1992, como presidente da União Nacional dos
Estudantes (UNE), Lindberg liderou o renascimento do movimento
estudantil ao colocar nas ruas os chamados "caras-pintadas", que pediam
o impeachment, por corrupção, do então presidente Fernando Collor de
Mello - ele acabaria renunciando em dezembro daquele ano. Enrolado na
bandeira da ética na política, Lindberg elegeu-se deputado federal pelo
PCdoB em 1994. Recebeu nota dez do Diap e bandeou-se para a
extrema-esquerda, no PSTU - o que lhe custou a reeleição em 1998.
Entrou para o PT e voltou à Câmara em 2002, na esteira da vitória de
Luiz Inácio Lula da Silva. Dois anos depois, elegeu-se prefeito de Nova
Iguaçu (RJ) - cidade que tem o quarto orçamento do Estado do Rio de
Janeiro - com o apoio entusiasmado do presidente Lula e da cúpula do PT.

Agora, em plena campanha pela reeleição, Lindberg Farias está
enfrentando graves denúncias de corrupção feitas pela ex-secretária de
recursos humanos Lídia Cristina Esteves, que o acusa de montar um
esquema na prefeitura para se manter no poder. Além disso, várias ações
suspeitas de seu governo estão sendo investigadas pelo Ministério
Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro, pelo Ministério Público
Federal e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). ISTOÉ obteve com
exclusividade fitas gravadas em que assessores e ex-assessores acusam o
prefeito de montar um esquema que beneficia empresas que financiaram
sua campanha política, paga propinas a funcionários, dá cargos e
dinheiro a vereadores em troca de apoio político e conduz licitações
viciadas. Um deles, Jaime Orlando, ex-presidente da Comissão de
Licitação, diz que Lindberg "trata as coisas e depois eu é que tenho
que me virar para atender".

Um dos casos mais graves ocorreu na área de educação. Há alguns meses,
a Secretaria de Educação de Nova Iguaçu foi denunciada pelo Ministério
Público Estadual por causa de uma licitação superfaturada para compra
de merenda escolar em 2006. Esta denúncia provocou o afastamento da
secretária de Educação, a vereadora Marli de Freitas, e do presidente
da Comissão de Licitação da prefeitura, Jaime Orlando.

Por conta disso, o MPE determinou o bloqueio das contas e a
indisponibilidade dos bens de Marli e de Orlando. Também na área de
educação ocorreu outro caso polêmico, a contratação do Instituto Paulo
Freire para elaborar o arcabouço pedagógico do Programa Bairro-Escola,
carro-chefe do prefeito na área de educação. A responsável pelo
programa era a mulher do prefeito, Maria Antônia Goulart. A
ex-secretária de recursos humanos da prefeitura Lídia Cristina Esteves
diz que havia desvio de dinheiro do programa para o prefeito e sua
mulher. O convênio da ONG com a prefeitura custa aos cofres municipais
R$ 800 mil por ano.


--

Nenhum comentário: