quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Fw: Cuidados com a vacinação

URL: http://congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=20765

Fábio Góis

As oito mortes por febre amarela oficialmente confirmadas desde o
início de 2008 preocupam o governo, assim como outros cinco casos que
não resultaram em óbito. Mas a doença não deve trazer mais problemas de
graves proporções, segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS),
coordenador da Frente Parlamentar da Saúde.

Na avaliação dele, que é médico, o Ministério da Saúde tem agido de
forma adequada na administração do problema. "A conduta do ministério
está correta. Eles estão transmitindo informação, orientando sobre a
doença, e é isso o que deve ser feito", declarou o deputado.

Para ele, entretanto, a vacinação em massa não é essencial, e
representa até mesmo certo perigo para a população. "A vacinação em
massa não tem tanta importância, porque a febre amarela é uma doença
silvestre, não é urbana. E a vacinação em massa pode levar algumas
pessoas à morte, por causa do efeito iatrogênico [reação adversa – ou
alteração patológica – do paciente a algum tipo medicamento]", explicou
Darcísio, que é médico. "Nenhum país faz vacinação em massa na
prevenção da febre amarela."

De dezembro até o último dia 17, o Ministério da Saúde liberou
5.610.500 doses da vacina contra a febre amarela. O principal alvo da
campanha são as duas unidades da Federação que mais preocupam o governo
federal no momento: Goiás e o Distrito Federal. As duas receberam mais
de 1 milhão de vacinas.

Alerta

Já o professor Pedro Tauil lembrou que o procedimento de vacinação em
massa, além da considerável letalidade, pode representar desperdício.
De acordo com Tauil, o efeito da vacina é válido por cerca de dez anos.
A orientação do governo é que somente as pessoas que moram nas áreas
consideradas de risco ou que viajem para essas localidades sejam
vacinadas.

"O problema é que muitas pessoas que já se vacinaram, por exemplo, há
três anos, voltam e reforçam com a vacina da febre amarela", disse o
sanitarista, explicando porque faltou medicamento em alguns postos de
saúde. "Houve um excesso de demanda, e isso é o que leva à carência."

O especialista novamente concordou com o deputado Perondi, dessa vez em
relação à postura do Ministério da Saúde no que diz respeito à febre
amarela. "Está corretíssima. A única proteção é a vacinação para as
pessoas que entram em áreas de risco", resumiu.

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