O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), em discurso em Plenário, nesta
quarta-feira (13), apontou características da política brasileira que,
em sua avaliação, empobrecem a atividade no país. Cristovam cobrou dos
parlamentares mais compromisso para com as "autênticas prioridades
nacionais", cujo atendimento ou não no presente definirá, em sua
opinião, o julgamento que as futuras gerações farão da classe política
atual. Tarja multimídia Discurso Vídeo Fotos
A não proposição de medidas efetivas para a proteção da floresta
amazônica, segundo ele, seria uma das falhas da atuação dos atuais
parlamentares brasileiros que os farão serem enxergados no futuro como
responsáveis pela destruição daquele patrimônio ecológico.
- A marca brasileira, na história da humanidade, daqui a 50, 100 anos,
é a história de uma geração que queimou a última grande reserva
florestal do país. A gente não pensa no futuro. Ao não pensar no futuro
a política fica pobre - disse.
Cristovam criticou a falta de consistência programática dos partidos
políticos brasileiros, o que, em sua avaliação, somado à inexistência
de uma agenda voltada para a discussão dos mais importantes problemas
nacionais, torna o trabalho político insuficiente para mudar os rumos
do país.
Lamentando a inércia da classe política brasileira, Cristovam comparou
o seu modo de atuação ao dos deputados brasileiros da época do Império
que se colocaram contra a Lei Áurea que extinguiu a escravidão em 1988.
- Nenhum tinha coragem de dizer que era contra o fim da escravidão. Mas
diziam que não era hora; não era tempo ainda, pois poderia destruir a
indústria cafeeira e criar desordem - lembrou.
Em apartes, os senadores Sibá Machado (PT-AC) e Fátima Cleide (PT-RO)
parabenizaram Cristovam pelo seu pronunciamento. Laércio Franzon /
Agência Senado --
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=71461&codAplicativo=2
--
Linux 2.6.24: Arr Matey! A Hairy Bilge Rat!
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