corporativos
O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta quinta-feira (7) que há
muito tempo o governo já deveria ter tomado a providência de investigar
o mau uso dos cartões corporativos. Para ele, não há nada demais na
criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas é preciso
tomar cuidado para não banalizar esse instrumento legislativo. Paim
disse que o governo fez uma "opção política e ética" ao requerer a
criação de uma CPI para investigar a utilização abusiva dos cartões.
- Se teve erro, alguém terá de pagar por isso e pronto - afirmou.
Paim também anunciou a aprovação de três requerimentos importantes na
Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH). O
primeiro deles solicita a realização na próxima terça-feira (12) de uma
audiência pública para debater a situação dos direitos humanos no
Brasil. Ele assinalou que a audiência contará com a presença do
ministro Paulo Vannuchi e representantes das comissões de Direitos
Humanos dos estados. O senador acrescentou que, em abril, o ministro
apresentará no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações
Unidas (ONU) um relatório sobre os resultados alcançados pelo Brasil
nessa área.
Outro requerimento aprovado trata da realização no próximo dia 14 de
uma audiência para debater a transposição do Rio São Francisco. Dentre
os convidados, Paim destacou o ministro da Integração Nacional, Geddel
Vieira Lima, o deputado Ciro Gomes, o bispo dom Luiz Cappio e a atriz
Letícia Sabatella, integrante do Movimento Humanos Direitos.
O terceiro requerimento solicita a realização de mais uma audiência
pública. Desta vez, para apurar os fatos divulgados sobre a Operação
Condor, que uniu os organismos de repressão das ditaduras brasileira,
uruguaia, argentina e chilena, permitindo diversas ações ilegais nas
respectivas fronteiras. Paim sugeriu que um dos enfoques seja a recente
denúncia de que o ex-presidente João Goulart teria sido assassinado.
Para esta audiência serão convidados o ex-agente do serviço de
inteligência do Uruguai, Mário Neira Barreiro, preso em Charqueadas
(RS), e o filho do ex-presidente, José Vicente Goulart.
Paim ainda ressaltou a aprovação, por unanimidade, do projeto de lei
(PLS 241/07) de sua autoria e que insere o líder da Revolta da Chibata,
João Cândido Felisberto, no Livro dos Heróis da Pátria. O senador disse
que o chamado Almirante Negro não teve em vida o devido reconhecimento
e lamentou que a matéria se encontre parada na Câmara dos Deputados.
- Foi preso por 18 meses em uma prisão subterrânea. Depois, internado
em um hospital de alienados, novamente preso e solto após alguns anos.
Com tuberculose, ele se restabeleceu e sobreviveu como vendedor no
mercado de peixes da cidade do Rio de Janeiro, cidade em que morreu no
ano de 1969 - concluiu. Ricardo Icassati / Agência Senado --
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=71274&codAplicativo=2
--
Linux 2.6.24: Arr Matey! A Hairy Bilge Rat!
Nenhum comentário:
Postar um comentário