Em visita ao Mato Grosso do Sul, o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio, afirmou hoje (9) que o sistema
biométrico de identificação de eleitores é um avanço democrático. "Com
esse novo sistema teremos a garantia de que um eleitor não votará no
lugar de outro nas próximas eleições", disse ele em Fátima do Sul (MS),
uma das três cidades em que o sistema está em fase de testes. Marco
Aurélio calculou que serão necessários R$ 76,5 milhões para que – como
ele espera – a nova identificação dos eleitores esteja em todo o
Brasil. "Vamos precisar adaptar cerca de 450 mil urnas eletrônicas ao
novo sistema, a um custo de aproximadamente 100 dólares por urna." Ele
informou que também será preciso regulamentar o sistema pelo Congresso
Nacional. O prazo para implantação é de dez anos, mas o presidente do
TSE acredita que, nas próximas eleições presidenciais, boa parte dos
municípios já esteja no novo modelo. Em Fátima do Sul, Marco Aurélio
conheceu o local onde se alistam os eleitores e acompanhou a utilização
do "Kit Bio", conjunto de equipamentos de registro de dados
biométricos. "O sistema, que vem se somar ao sistema eletrônico de
voto, é o aperfeiçoamento do voto", ressaltou. O projeto-piloto do
tribunal começa por Fátima do Sul, São João Batista (SC) e Colorado
D'Oeste (RO). Segundo a assessoria do TSE, a fase de testes servirá
para identificar possíveis falhas e necessidades de melhorias. (Eduardo
Militão)
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