sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Fw: Cartões: Alvaro Dias quer investigação na Presidência

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O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse agora há pouco
ao Congresso em Foco que a Presidência da República não pode ficar de
fora das investigações da CPI dos cartões corporativos. Alvaro, que
empunhava uma lista de "apoiamento" com seis assinaturas de senadores,
disse que a Presidência é o maior foco de dispêndio dos chamados
"gastos funcionais".

"Há que se responsabilizar judicialmente os envolvidos nesse escândalo,
em todos os Ministérios, mas não podemos excluir a Presidência da
República. Na Presidência há o maior volume de recursos utilizados
através do cartão corporativo, e o maior sigilo. Não há por que não
investigar os cartões utilizados pelos órgãos ligados à Presidência",
argumentou o tucano.

Segundo Alvaro, que se opõe à "CPI do governo" – a ser instalada na
próxima segunda-feira (11) por iniciativa do líder do governo na Casa,
Romero Jucá (PMDB-RR) – por considerar que ela seria favorável ao
Planalto, a oposição vai fazer de tudo para que seja instalada uma CPI
mista (deputados e senadores) para investigar os gastos com os cartões
corporativos do governo federal. Não por acaso, as declarações foram
feitas no Salão Verde da Câmara.

"A CPI mista é mais importante neste momento: envolveria as duas casas
do Congresso diante de um escândalo de repercussão nacional. Teríamos
mais investigadores e, portanto, uma possibilidade maior de chegar a
resultados conclusivos", afirnou o senador, voltando a fustigar a
postura do governo em se antecipar à oposição. "O que quer o governo é
uma 'geléia geral'. O objetivo é impedir uma investigação real."

Entre os novos signatários da oposição na instalação da CPI mista, além
do próprio Alvaro, estão: José Agripino (RN, líder do DEM no Senado);
Mão Santa (PMDB-PI); Kátia Abreu (DEM-TO); Heráclito Fortes (DEM-PI);
Geraldo Mesquita (PMDB-AC).

Ontem (7), o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor precursor do
requerimento da CPI mista, garantiu ter assegurado 125 adesões de
deputados favoráveis à CPMI (são necessários 171 nomes para a abertura
da comissão). Além dele, os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ), Chico
Alencar (Psol-RJ), Raul Jungmann (PPS-PE), Luíza Erundina (PSB-SP) e
Fernando Coruja (PPS-SC) estão trabalhando na coleta das assinaturas.
(Fábio Góis)

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