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Por 37 votos a 23, e três abstenções, foi aprovada há pouco a Medida Provisória 442/08, que beneficia grileiros de terras na Amazônia Legal. Chamada de “MP da Grilagem” por ambientalistas, a medida triplica o tamanho de áreas públicas utilizadas por posseiros, sem necessidade de licitação para serem regularizadas.
Principal articulador da matéria, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), festejou com entusiasmo o resultado da votação (maioria simples de adesões). Durante seu discurso contra a aprovação da MP editada pelo governo, Marina Silva criticou a postura de Jucá.
“Vossa Excelência trabalhou por essa proposta preocupado com o caso de Roraima. Mas o caso específico de Roraima não pode se constituir numa generalização para Amazônia, que vai significar um processo de privatização de terras, de legalização de áreas que foram ilegalmente griladas e com graves prejuízos para o Plano de Combate de Desmatamento da Amazônia”, vociferou Marina.
Fruto da negociação do governo com o setor agropecuário, a MP teve objeção na Câmara apenas do PV e o PPS (leia). Atualmente, o limite de concessão de terras da União para posseiros é de até 500 hectares. Com a aprovação da medida, esse limite passa a ser de até 15 módulos fiscais - medida variável de acordo com os municípios da região. Alguns estabelecem o módulo em 100 hectares. Dessa forma, a área que pode ser regularizada sem licitação passa de 500 para 1.500 hectares. (Fábio Góis)
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