quinta-feira, 17 de julho de 2008

Heráclito pede extensão de habeas corpus de Dantas

URL: http://congressoemfoco.ig.com.br/Ultimas.aspx?id=23323


Citado em grampos da Polícia Federal na Operação Satiagraha, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) pediu a extensão do habeas corpus preventivo concedido ao banqueiro Daniel Dantas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 
O pedido de extensão 99829/2008 foi feito ontem (16). Em grampos autorizados pela Justiça, interlocutores do grupo de Dantas citam Heráclito como um senador que ajudava a atuação do Opportunity. No dia 27 de maio de 2008, como mostrou hoje o Congresso em Foco, o suposto lobista Guilherme Sodré diz que o parlamentar “é amigo”.
 
“Eu to lhe dizendo que eu não acredito que ele fez exatamente assim, ele não é uma pessoa irresponsável... é amigo, ta certo, me ligou hoje preocupado com a situação que a gente ta vivendo...”, afirmou Sodré ao sócio do Opportunity Arthur de Carvalho, em telefonema interceptado pela Polícia Federal.
 
A assessoria do parlamentar esclarece que não se trata de um pedido para o parlamentar não seja preso. Informou que a petição no Supremo  é um desdobramento do pedido feito, na segunda-feira (14), para a Mesa do  Senado solicitar acesso aos dados da operação da PF.
 
Na petição, o advogado do senador, Délio Lins e Silva, pede extensão dos efeitos da liminar concedida a Dantas “para fins exclusivos de acesso aos autos”, três inquéritos sobre o caso que tramitam na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
 
No item 16 da petição, a defesa de Heráclito admite que ele está numa situação análoga à dos investigados na operação. “Patente, pois a condição de INVESTIGADO [sic] do senador”, inicia o texto. E o documento continua: “[...] impõem-se a EXTENSÃO [sic] aqui requerida, pois a jurisprudência dessa corte se mostra pacífica no sentido de garantir aos INVESTIGADOS [sic] a possibilidade de conhecer, por meio de seus patronos legalmente constituídos, o teor dos documentos”.
 
Em entrevista à rádio CBN, Heráclito diz querer esclarecimentos. “É inaceitável. Eu quero o esclarecimento porque fui gravado. Primeiro questionamento: estou sendo gravado por quê? É legal me gravar se eu não respondo a processo, se eu não tenho nenhum envolvimento, se eu não tenho nenhuma participação? Eu quero acabar com isso”, afirmou ele à rádio.(Lúcio Lambranho e Eduardo Militão)
 
 

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