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O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu hoje (31) uma punição aos torturados que atuaram durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). A declaração foi feita durante uma audiência pública, organizada pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que discutiu a possibilidade de julgamento para os crimes cometidos naquela época.
Tarso destacou que a discussão não será baseada em revanchismo e que audiências públicas serão realizadas para discutir o tema. Em seguida, o ministro afirmou: "Essa é uma discussão sobre as instituições da República, uma discussão sobre o nosso futuro". Conforme ressaltou o petista, o ato de praticar tortura “sai da legalidade” do regime militar.
Já o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, afirmou que a punição para os torturadores que atuaram na ditadura militar não significa atacar as Forças Armadas. Até porque, segundo ele, as Armas pertencem a cada cidadão e cidadã brasileira".
Por sua vez, o presidente da comissão de Anistia, Pedro Abrão, ressaltou que, atualmente, a comissão tem “mais de 25 mil pedidos” de famílias que buscam parentes desaparecidos. De acordo com Abrão, essa discussão deve ser feita “em um ambiente técnico e de apreço a verdade”. Segundo ele, até agora nenhum torturador foi punido pela Justiça. (Rodolfo Torres)
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