quarta-feira, 9 de julho de 2008

Dirceu nega “qualquer relação” com presos pela PF

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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu negou hoje (9), por meio de seu blog, que mantenha “qualquer relação pessoal, de amizade, profissional ou de negócios” com Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

Os três foram presos ontem pela Polícia Federal e são acusados de gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha. (leia mais)

Dirceu também ressalta que Daniel Dantas não é seu cliente. “Nem do meu escritório de advocacia e nem da minha empresa de consultoria.”

No texto, o petista critica a impresa e destaca que no episódio ocorreu “vazamento ilegal de informações”. Dirceu também ressalta que um delegado da Polícia Federal e um promotor não confirmaram a sua participação no suposto esquema.

“Continuamos com a mesma pratica: a imprensa e os promotores recebem informações sigilosas, usam-nas como bem entendem e fica por isso mesmo. Até quando?” (Rodolfo Torres)

Confira a íntegra do texto de Dirceu

De novo envolvem-me com o que nada tenho a ver

 Neste episódio da prisão de Daniel Dantas, Nagi Nahas e Celso Pitta fica evidente que mais uma vez houve vazamento ilegal de informações e que a Folha de S.Paulo e O Globo - este com chamada na primeira página, elaborada em cima de um desmentido! - citaram-me indevidamente.

Perguntado a respeito, o delegado da Polícia Federal, Protegenes Queiroz, que concedia uma entrevista coletiva, foi claro na sua declaração veiculada desde ontem pelo noticiário do G1 (site da GloboNews) das próprias Organizações Globo: ”Não existem indícios suficientes para estabelecer qualquer relação entre Dirceu e Mangabeira (ministro Mangabeira Unger) e as investigações.”

A própria mídia, também, já divulgou que o promotor Rodrigo De Grandis, que acompanha o caso, não confirmou minha participação, nem que eu esteja arrolado em investigações. Mas vazaram o meu nome.

Reafirmo que sou inocente e aos vários leitores que via blog, perguntam-me a respeito, esclareço de vez: não tenho qualquer relação pessoal, de amizade, profissional ou de negócios com nenhuma dos três e Daniel Dantas não é cliente nem do meu escritório de advocacia e nem da minha empresa de consultoria.

A perseguição implacável de sempre

A imprensa, no entanto, não deixa por menos: o G1 faz chamada dizendo que o relatório da inteligência da PF me cita, mas no corpo do texto registra que o delegado do caso diz não haver indícios para estabelecer qualquer vinculo meu com os investigados. E agora, como ficamos?

A Folha faz pior: não cita o delegado e diz que pela informação divulgada não é possível saber o eventual papel dos dois, meu e de Mangabeira Unger no suposto "esquema”. Se tinha o desmentido do delegado, por que não o publicou? Como ficamos?

É leitor, é a FSP, o mesmo jornal que classifica como abuso de autoridade o pedido de prisão de sua jornalista, Andréa Michael, abusa da liberdade de imprensa ao não publicar a informação que tem dada pelo delegado responsável do caso de que não há nada que me envolva com as investigações - até porque ser citado pela inteligência da PF não quer dizer nada.

Continuamos com a mesma pratica: a imprensa e os promotores recebem informações sigilosas, usam-nas como bem entendem e fica por isso mesmo. Até quando?

 

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