sexta-feira, 11 de julho de 2008

Tarso nega monitoramento da PF no Supremo

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta sexta-feira (11) que suspeita que alguém esteja “plantando” notícias para estimular uma intriga entre a Polícia Federal (PF) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A afirmativa foi em resposta às informações de que o juiz federal Fausto Martins de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, responsável pelo novo pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas, teria monitorado o gabinete do presidente do STF.

“O juiz me comunicou que era um absurdo completo. Conversei com o ministro Gilmar Mendes, ele me ligou, e o Luiz Fernando [diretor-geral da PF] a meu pedido falou com o Gilmar Mendes e colocou a PF para investigar”, disse o ministro.

Segundo Tarso, um juiz federal não pode determinar a vigilância de um ministro do Supremo. Somente outro ministro pode ter essa atribuição. “Se determinasse, a Polícia Federal não poderia cumprir, seria uma ordem ilegal. Tem alguém a mando de alguém, que não se sabe quem, que está plantando provavelmente uma intriga. E não é a PF”, declarou o ministro.

O diretor-geral da PF nega a ocorrência de monitoramento do gabinete de Gilmar Mendes. “Não é algo para apurar, porque não houve isso por parte de PF. Isso aí é mais uma dessas tantas fofocas em torno dessa operação”, defendeu Luiz Fernando Corrêa.

O gabinete do presidente do Supremo teria sido monitorado por causa do habeas corpus concedido ao banqueiro Daniel Dantas na madrugada de quinta-feira. Dantas é uma dos investigados pela Operação Satiagraha, deflagrada pela PF esta semana, para investigar desvio de verbas públicas e crimes financeiros.

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