sábado, 6 de agosto de 2011

As três escolas liberais do século XX

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1064


liberais.jpgO século XX foi marcado, especialmente depois da Teoria Geral do senhor Keynes, pelo intervencionismo estatal como pensamento dominante. Essa doença -- a da crença de que o estado pode e deve solucionar os problemas das economias -- manifestou-se de diversas formas, entre as quais o keynesianismo, o marxismo, o estruturalismo e outras variantes. Gerações de economistas foram e continuam sendo educadas nas cartilhas intervencionistas. O resultado disso tem sido catastrófico: causas acabaram transmutadas em efeitos, poupar virou vício e gastar ganhou status de virtude, focinhos de porcos terminaram confundidos com tomadas (embora diferentes das que a ABNT agora nos empurrou goela abaixo)...

Anteontem (dia 2 de agosto) mesmo, em artigo no jornal O Globo, Paul Krugman -- que se transformou em um globetrotter da economia keynesiana --, ao criticar o acordo de Obama com o Congresso para elevar o teto da dívida pública, defende que o governo dos Estados Unidos deveria aumentar mais os seus gastos. Para ele e para a maioria dos economistas e políticos, gastos públicos têm o poder extraordinário de transformar "pedras em pães", mediante uma varinha mágica semelhante à de Harry Potter, chamada de "efeito multiplicador".

Interrompi por instantes a continuação deste artigo para atender ao telefone. Era uma jornalista de um importante canal de TV a cabo, me convidando para comentar o novo pacote de "políticas industriais" que a equipe do sr. Mantega anunciou ontem. Delicadamente, declinei do convite, porque cheguei a um ponto em que a simples menção a esses tipos de políticas tem o poder de colocar meus nervos à flor da pele. O tal pacote, como sempre, é mais um feixe de joio inútil e minha entrevista se transformaria em uma sucessão de críticas que a maioria dos telespectadores sequer entenderia, já que a cultura intervencionista e a crença em "medidas", "pacotes" e "planos" governamentais está enraizada na cabeça das pessoas...

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