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O primeiro-secretário do Senado, senador Efraim Morais (DEM-PB), e o diretor-geral, Agaciel Maia, estão cada vez mais enrolados com as investigações da Polícia Federal sobre fraudes em licitações na Casa. Segundo matéria do Correio Braziliense publicada hoje (24), a íntegra do inquérito da Operação Mão-de-Obra torna ainda mais evidentes o envolvimento de ambos no esquema de favorecimento em contratos milionários, nos quais as empresas Ipanema e Conservo teriam sido escolhidas para ganhar o direito à terceirização de serviços - que, mesmo sem o processo regular de licitação, foram prorrogados até 2009.
De acordo com o inquérito da PF, o conteúdo de diálogos revelado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostra empresários falando sobre a consecução das concorrências no Senado. As conversas indicam que Agaciel, responsável pelo controle de contratos com a Casa, estava por dentro de tudo o tempo todo – e sabia do acordo para facilitar as duas empresas supracitadas.
Segundo a matéria, Agaciel evitava se expor, a menos que algum superior o determinasse. É o que extrai de um diálogo grampeado em 27 de março de 2006 entre José Araújo, proprietário da Ipanema, e Paulo Duarte, então gerente. Constatado um problema entre empresários e o lobista Eduardo Bonifácio Ferreira, que teria ligações com Efraim, Agaciel teria determinado que o impasse fosse solucionado fora do Senado. “Se o cara não quis botar claramente aquele negócio, é porque ele já tinha alguma coisa e o próprio Agaciel disse: ‘Eu, se for eu que assino, eu não vou fazer isso não. Vocês resolvem lá fora isso aí’”, disse Araújo a Duarte, como transcreve o Correio.
Agaciel Maia e Efraim Morais estão incluídos no inquérito da PF. O diretor-geral, no entanto, foi excluído da denúncia do Ministério Público à Justiça Federal porque a investigação ficou prejudicada depois que a PF avisou ao Senado que a sala de Agaciel seria inspecionada. Tanto Agaciel como Efraim negam as denúncias. (Da Redação)
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