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Em uma posição que poderia ser considerada comercialmente contraditória, o diretor-geral da multinacional do ramo de cervejaria Inbev, Carlos Brito, exaltou hoje (22) a sanção da Lei Seca (Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro). As declarações de Brito foram proferidas depois do encontro que teve com o presidente Lula, nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto.
Segundo que Brito, que ressaltou também a importância do consumo sensato do álcool, a lei não prejudica os negócios da indústria de bebidas alcoólicas. As informações são da Agência Brasil.
“Não há prejuízos [depois da vigência da Lei Seca], só benefícios. Apoiamos a lei porque ela promove o consumo responsável”, declarou Brito, informando que há cinco anos a Inbev doa etilômetros (o popular “bafômetro”) para a Polícia Rodoviária Federal.
A Lei 11.705 proíbe qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores de veículos automotores. Antes da vigência da lei, iniciada em 19 de junho, o consumo de até seis decigramas de álcool por litro de sangue era permitido. Agora, quem for flagrado ao volante com qualquer índice de álcool no sangue perderá a carteira por 12 meses, pagará multa gravíssima de R$ 955 e responderá a processo na Justiça comum. Além disso, terá o carro apreendido e será conduzido à delegacia para registro de ocorrência.
A reunião com Lula teve em pauta informações sobre a compra da adversária norte-americana Anheuser-Busch, da Budweiser, pela cervejaria belgo-brasileira – o que torna a Inbev líder mundial entre as produtoras de cerveja. O valor da negociação, anunciada em 14 de agosto, é de US$ 52 bilhões. Segundo Brito, até dezembro o processo de compra deve ser autorizado pelas autoridades norte-americanas. (Fábio Góis)
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