terça-feira, 4 de março de 2008

Mão Santa pede rejeição da MP que proibiu venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais

Mão Santa pede rejeição da MP que proibiu venda de bebidas alcoólicas
em rodovias federais [Foto: senador Mão Santa (PMDB-PI)]

O senador Mão Santa (PMDB-PI) pediu aos senadores que rejeitem a medida
provisória que proibiu a venda de bebidas alcoólicas em
estabelecimentos comerciais localizados às margens de rodovias federais
(MP 415/08). Para justificar sua reivindicação, o peemedebista comentou
a situação de restaurantes e hotéis no pólo turístico de Luis Corrêa,
próximo ao município de Parnaíba, no Piauí, que estariam na iminência
de fechar as portas em decorrência da proibição.

- Beber pode; não pode é beber e guiar. É essa a educação que nós temos
que exigir. Não uma MP! O que está dando de gente falindo, o que vi de
gente chorando, gente que tem duas décadas com seu hotelzinho, sua
churrascaria, não pode mudar de profissão de uma hora para outra. Vamos
repensar isso - apelou, pedindo que ao menos as rodovias federais em
áreas urbanas escapem da proibição.

Mão Santa sugeriu que a MP tenha sido apresentada por algum ministro -
o qual chamou de "aloprado" - ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
que a teria assinado sem ler e enviado ao Congresso.

- O Luiz Inácio disse que não gosta de ler. Ele que disse! 'Ler uma
página de um livro dá uma canseira. É melhor fazer uma hora de
esteira', disse ele. Ele não lê! Assina e joga prá cá - afirmou o
representante piauiense.

Para Mão Santa, quem deve ser punido é o motorista que toma bebidas
alcoólicas, não o empresário ou o trabalhador que serve essas pessoas.
E citou o exemplo dos Estados Unidos, onde a fiscalização é intensa e a
punição, exemplar.

Em aparte, a senadora Kátia Abreu (DEM-PI) agradeceu à irmã do senador,
citada por ele no início do pronunciamento, por tê-la escolhido como
sua senadora preferida. Kátia Abreu também disse estar esperando um
pedido de desculpas do governo Lula após um de seus integrantes ter
chamado a oposição de irresponsável quando da derrubada da prorrogação
da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF), matéria relatada pela senadora. Mesmo sem a cobrança da
contribuição, Kátia Abreu observou que a arrecadação federal, em
janeiro, superou a do mesmo período do ano passado em R$ 13 bilhões, o
que corresponderia a 30% de toda a arrecadação esperada da CPMF para
2008. José Paulo Tupynambá / Agência Senado --
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=72269&codAplicativo=2


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