sexta-feira, 22 de julho de 2011

A inflação de preços veio pra ficar?

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1051


inflaçao.jpgNo Brasil, mesmo com a cotação do dólar em queda e com o câmbio em seu nível mais apreciado da história -- o que significa que as importações nunca foram tão baratas em termos reais --, a inflação de preços se mantém acima do (já alto) centro da meta, que é de 4,5%.  A última projeção é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine 2011 com um acúmulo de 6,31% (o teto da meta é de 6,5%).  Para 2012, o próprio Banco Central, que supostamente tem a função de conter a inflação de preços, prevê aumento de 5,20%.

Na América Latina, reina a bagunça de sempre, com apenas o Chile, a Colômbia e o Peru mantendo a inflação de preços entre 3 e 4%.

Nos EUA, a coisa segue aparentemente pior.  Estatísticas coletadas pelo mundialmente renomado economista John Williams -- que se especializou em compilar dados utilizando estatísticas baseadas meramente nas metodologias que eram as oficialmente utilizadas pelos governos anteriores (foi o governo Bill Clinton quem fez a última alteração da metodologia de cálculo da inflação, o que deixou as estatísticas bem mais brandas) -- mostram que a verdadeira inflação de preços está na casa dos 11% ao ano.  E o desemprego real chega aos 23%.

Na União Europeia, a inflação de preços anual está em 3,1%.  Pode parecer pouco, mas quando se considera que a média histórica sempre foi de 2%, quando se considera que se trata de estatísticas governamentais (logo, sempre com indicadores mais brandos) e, principalmente, quando se considera o fato de a região estar em recessão, tal cifra é significativa.

Na China, o altamente suspeito índice divulgado pelo governo aponta alta anual de 6,4%, a maior em três anos (o preço dos alimentos subiu 14,4% nesse mesmo período) e a segunda maior em 14 anos.

Até mesmo a Nova Zelândia cedeu e já apresenta inflação anual de preços de 5,3%.

A pergunta a ser respondida é: por que só agora?

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