quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A cruz e a caldeirinha
O leitor, em geral, tende a achar uma chatice insuportável a guerra partidária para eleger os presidentes da Câmara e do Senado, como agora. Mas essa guerra é importantíssima, porque tem reflexos diretos no equilíbrio governista, deixa mágoas profundas (dos perdedores) e dívidas bem caras (dos ganhadores), que acabam desembocando no que mais interessa: a sucessão presidencial. O jogo está assim neste momento: há um acordão dos partidos governistas, liderado pelo PT, para eleger o deputado Michel Temer, do PMDB, para a presidência da Câmara. E isso deixa implícito (mas não formalizado) que a presidência do Senado fica, então, com o PT. Mas... O candidato mais forte é o senador petista Tião Viana (AC), que ocupou o cargo interinamente na época da barulhenta investigação do peemedebista Renan Calheiros (AL). Mas é justamente aí que mora o perigo: Renan, que faz dobradinha com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), não aceita a candidatura de Tião. Acha que ele foi seu algoz, ou pelo menos aliado dos seus algozes. (Será que o problema de Tião é pelo que fez de bom? Você decide...) Leia mais (29/10/2008 - 21h08)
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