URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=714
A afirmação de que os trabalhadores recebem apenas uma fração daquilo que produzem significa essencialmente que os lucros são deduções dos salários. Nesse artigo vou apresentar a dedução e argumentar que, de acordo com a própria natureza das coisas, os trabalhadores não podem legitimamente requerer qualquer posse sobre os produtos de seu trabalho. Muito pelo contrário: os empreendedores e capitalistas é que podem. Ademais, são os salários é que são deduzidos dos lucros, e não os lucros que são deduzidos dos salários.A proposição de que os salários são deduções dos lucros irá, muito certamente, parecer simplesmente inacreditável, quando não manifestamente errônea. Pois, afinal, quem trabalha nas indústrias e está envolvido na imediata criação de bens e serviços? Entretanto, o fato de que os trabalhadores estão envolvidos no processo de produção física não possui, virtualmente, nenhuma relevância quando o que se quer é aprofundar essa questão e tentar entender as interdependências econômicas que existem em um sistema econômico baseado na divisão do trabalho (capitalismo).
Se o capitalista decidir investir uma parte de sua receita, digamos, empregando um trabalhador e pagando a ele uma quantia definida de dinheiro -- em termos mensais, por exemplo --, então ele estará agora tendo custos empresariais. Seu investimento na forma de salários mensalmente pagos diminui regularmente a fração da receita que antes era considerada lucro -- ou seja, o salário pago diminui a diferença entre a receita da venda de produtos e os custos.
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