quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Os luditas que não se cansam de atormentar o bem-estar da humanidade

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1536


passado_futuro.jpgHá uma regra fundamental na economia que nunca deve ser ignorada: qualquer coisa que possa ser feita lucrativamente por uma máquina deve ser feita por uma máquina.  Por que isso é verdade?  Porque a mão-de-obra humana é, de longe, a mais versátil e a mais móvel dentre todos os capitais.  As pessoas são capazes de estar sempre aprendendo novas formas de servir seus clientes.  Macaco velho realmente aprende novos truques.  No entanto, para fazê-lo aprender novos truques, ele tem de enfrentar a realidade: o que quer que ele fazia antes para ganhar a vida pode agora ser feito de maneira mais eficiente e mais barata por uma máquina.  Macaco velho pode aprender novos truques, mas a necessidade é a mãe da invenção.  Macaco velho prefere fazer truques velhos.  E ele prefere ganhar uma renda alta para fazer truques velhos.  Mas o progresso econômico não os permitirá continuar auferindo uma renda alta fazendo truques velhos se surgirem novas ferramentas que irão possibilitar que novatos façam esses mesmos truques -- e os façam de maneira até melhor -- a um preço menor.

Os luditas sempre afirmam estar falando em nome dos trabalhadores que foram substituídos pelas máquinas e cujos serviços não mais conseguem concorrer em um livre mercado.  Os luditas se posicionam a favor do trabalhador demitido como se as necessidades de um trabalhador demitido gozassem de uma maior autoridade moral do que os desejos de consumidores que estão sempre à procura de bens melhores e mais baratos.  Os luditas partem do princípio de que o livre mercado deve funcionar em benefício do produtor e não em beneficio do consumidor.

Essa é a lógica da guilda.  É a lógica de uma pessoa que não mais é capaz de competir com a produtividade de máquinas que podem operar dia e noite lucrativamente, com interrupções apenas ocasionais para manutenção.  Sempre que for lucrativo para o empreendedor substituir um ser humano por uma máquina, a conclusão é uma só: os consumidores estão sendo mais bem servidos pela máquina.  Quem diz isso?  Os próprios consumidores.  São eles que compram os produtos das máquinas.  São eles que, ao propiciarem lucros para o empreendedor, mostram para ele que sua decisão foi acertada.

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