URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1536
Há uma regra fundamental na economia que nunca deve ser ignorada: qualquer coisa que possa ser feita lucrativamente por uma máquina deve ser feita por uma máquina. Por que isso é verdade? Porque a mão-de-obra humana é, de longe, a mais versátil e a mais móvel dentre todos os capitais. As pessoas são capazes de estar sempre aprendendo novas formas de servir seus clientes. Macaco velho realmente aprende novos truques. No entanto, para fazê-lo aprender novos truques, ele tem de enfrentar a realidade: o que quer que ele fazia antes para ganhar a vida pode agora ser feito de maneira mais eficiente e mais barata por uma máquina. Macaco velho pode aprender novos truques, mas a necessidade é a mãe da invenção. Macaco velho prefere fazer truques velhos. E ele prefere ganhar uma renda alta para fazer truques velhos. Mas o progresso econômico não os permitirá continuar auferindo uma renda alta fazendo truques velhos se surgirem novas ferramentas que irão possibilitar que novatos façam esses mesmos truques -- e os façam de maneira até melhor -- a um preço menor.
Essa é a lógica da guilda. É a lógica de uma pessoa que não mais é capaz de competir com a produtividade de máquinas que podem operar dia e noite lucrativamente, com interrupções apenas ocasionais para manutenção. Sempre que for lucrativo para o empreendedor substituir um ser humano por uma máquina, a conclusão é uma só: os consumidores estão sendo mais bem servidos pela máquina. Quem diz isso? Os próprios consumidores. São eles que compram os produtos das máquinas. São eles que, ao propiciarem lucros para o empreendedor, mostram para ele que sua decisão foi acertada.
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