URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1526
Estão enganados aqueles economistas que acreditam que há algo de errado quando o dinheiro não está em "circulação" constante e ativa. É verdade que o dinheiro só é útil para intermediar a troca de coisas de valor, mas ele não é útil apenas no momento em que ocorre a troca. Essa verdade sempre foi muito negligenciada. O dinheiro é igualmente útil quando repousa "inerte" nos encaixes de alguém, mesmo que esteja dentro da gaveta de um avarento. E o motivo é que este numerário está sendo guardado agora à espera de uma possível troca futura -- dando ao seu dono, neste momento, a prestimosidade de permitir trocas a qualquer momento, presente ou futuro, que ele queira.
Adicionalmente, é um equívoco dizer que o dinheiro "circula". Como todas as metáforas inspiradas nas ciências físicas, dizer que o dinheiro "circula" sugere algum tipo de processo mecânico independente da vontade humana, cujo fluxo se move a uma dada rapidez ou "velocidade". Na realidade, o dinheiro não "circula"; ele simplesmente é, a cada momento, transferido do encaixe de uma pessoa para o encaixe de outra pessoa. A existência do dinheiro, portanto, depende da disposição das pessoas em manter encaixes.
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