quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Só descobriremos se o estado é bom ou não se a iniciativa privada puder competir com ele

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1504


ferroviaestatal.jpgNós nascemos na natureza, temos de construir formas de viver melhor e de conseguir sobreviver.  Não é direito adquirido que todos nascerão com direito a tudo. Existem pessoas desassistidas no mundo inteiro e temos que lidar diretamente com esses desassistidos.  Mas sempre temos de ter a confiança, pelo menos como liberais, que quanto mais liberdade para empreender e agir você tiver, maior a prosperidade. Isso tem lógica, funcionou no passado e melhorou o padrão de vida do indiano, por exemplo, que hoje vive muito melhor que um cidadão há 200 anos na Inglaterra.

Se o estado é bom no que se propõe, qual o motivo de não permitir que isso seja feito de forma voluntária e não-obrigatória?  Se ele (estado) é um bom provedor de um determinado serviço, seja ele qual for, então não precisa colocar na cadeia quem compita com ele.  Eu acho que o estado pode fazer tudo e também pode não fazer nada, mas só descobriremos se o estado é bom ou não se permitirmos que a iniciativa privada possa fazer o mesmo bem ou serviço em igualdade de condições.  É preciso também que o estado não use o dinheiro tomado à força da população para fazer tal bem ou serviço, o que configura um privilégio gigantesco em relação à iniciativa privada e é, claramente, pouco produtivo.

O Brasil é hoje uma economia mista, com alguma liberdade para operar no mercado e uma quantidade bastante grande de intervenção estatal.  Intervenção que não agrega valor, que atrapalha, gera burocracia, desesperança, corrupção, favorecimento a grupos de interesse.  Essa mistura é o que a gente tem no Brasil hoje.  Acho que o mundo em geral adotou esse modelo, em maior ou menor grau, porque viu que o socialismo puro, abolindo o mercado, não funciona de forma alguma.  Mas ao mesmo tempo não queriam adotar o livre mercado.  Dessa forma, adotaram uma solução mista.

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