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Folhas de coca, mascadas e fervidas como chá, há muito têm sido utilizada por peruanos e bolivianos que querem aliviar os sintomas da hipoxia provocada pela altitude. O ópio, em sua forma bruta, já foi muito utilizado como analgésico. Maconha, folhas de coca e ópio são volumosas, o que implica altos custos de transportação e estocagem. Para driblarem esse empecilho, os distribuidores optaram por cultivar linhagens mais potentes de maconha e a destilar as folhas de coca e ópio, o que gerou a cocaína e a heroína.
Mesmo em sua forma concentrada, as drogas ilegais são caras de ser transportadas e comercializadas. Isso requer que os barões da droga tenham de fazer constantes investimentos para aprimorar o seu capital e, com isso, operar mais lucrativamente. Esse alto custo funciona como uma barreira à entrada no mercado, o que atenua a concorrência, reduz a oferta e joga os preços para o alto. Nem se os barões da droga quisessem poderiam eles ter criado um modelo de negócios tão rendoso.
Zombar da lei e escarnecer moralistas e cumpridores da ordem são atitudes que glorificam os barões da droga, algo muito parecido com a maneira como a Lei Seca glamourizou os chefões das máfias. Apesar de toda a matança e terrorismo associados ao tráfico de drogas, os plebeus ignorantes e politicamente desiludidos veem o barão mexicano das drogas Joaquín "Chapo" Guzmán com grande respeito e veneração. "As pessoas consideram Chapo Guzmán uma espécie de bandido social, um Robin Hood", explica Victor Hugo Aguilar, professor da Universidad Autónoma de Sinaloa, sobre a influência que Guzmán exerce sobre as pessoas e a cultura da região. "Ele conserta os problemas das cidades e coloca luzes nos cemitérios. Ele já é parte do folclore de Sinaloa".
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