URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1378
Quando "gerar empregos" se torna o objetivo, a real necessidade de algo passa a ser uma consideração secundária. O que importa é inventar "projetos". Em vez de pensarem apenas naqueles locais específicos onde há uma suposta demanda popular por uma ponte, os responsáveis pelo dinheiro público começam a se perguntar onde mais podem sair construindo outras pontes. Mesmo que a construção de pontes não esteja sendo demandada, o empreendimento será feito. Aqueles que duvidarem desta necessidade serão tachados de obstrucionistas, atrasados, insensíveis e reacionários.
Normalmente, são apresentados dois argumentos para a construção de uma ponte: um, aquele que se ouve principalmente antes de ele ser construída; o outro, aquele que frequentemente se ouve depois de ele estar concluída. O primeiro argumento é que a construção proporcionará empregos. Proporcionará, digamos, 500 empregos durante um ano. A implicação disso é que esses empregos, de outra forma, não existiriam. Isso é o que se vê de imediato. Se estamos, porém, treinados na ciência econômica; se sabemos enxergar as consequências secundárias de determinadas medidas econômicas, então somos capazes de ver mais além. Podemos, neste caso, saber que, além daqueles que são diretamente beneficiados por um projeto governamental, haverá outros que serão indiretamente afetados.
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