URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1395
Tendo isso em mente, como justificar a decisão dos pesquisadores do Ipea de colocar em um mesmo gráfico a variação da tal medida de produtividade do setor público e a do setor privado? A segunda mede, mal e mal, a produtividade do setor privado por trabalhador. A primeira mede, sem mais nem menos, o custo do funcionário público, e não o valor por ele gerado. No processo de mercado, a tendência é que o custo do trabalhador sempre se aproxime do valor por ele criado. No setor público não: o salário é determinado, como bem sabemos, por negociatas e reivindicações políticas que nada têm a ver com a oferta e demanda dos serviços ofertados pelo estado.
O que ninguém disse, por desatenção ou timidez, mas que está absolutamente claro, é que a medida de produtividade do setor público usada pelo Ipea é, na verdade, uma medida da ineficiência do setor público. O governo mais produtivo, nessa definição, é aquele que gasta proporcionalmente mais. Quanto mais benefícios, quanto mais aumentos, quanto mais gastos desnecessários em geral, mais "produtivo". Dá para levar a sério?
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