segunda-feira, 20 de abril de 2009

Kassab, o inferninho e a música clássica

URL: http://redir.folha.com.br/redir/online/folha/cotidiano/rss091/*http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u553439.shtml


Um incêndio destruiu uma das cenas que mais me intrigavam na cidade de São Paulo. Distintos senhores e senhoras, vestidos com requinte e sobriedade, saindo de concertos de música erudita, se misturavam na rua com a exuberância colorida dos vestidos, justíssimos e escassos, de mulheres de programas. A sala de concertos do Cultura Artística, dizimada pelas chamas, era separada apenas por uma parede do Quilt, um dos mais famosos inferninhos da cidade, movido ao " bate-estaca" da música eletrônica --no final de semana passada, um grupo de 60 fotógrafos fez um ensaio sobre a praça Roosevelt, no qual aparecem as imagens do inferninho. Ali vai se desenhar um embate capaz de medir até onde uma cidade consegue se revitalizar, usando a cultura como alavanca. Está ganhando corpo um movimento, apoiado pelo prefeito Gilberto Kassab, para fazer dali o espaço de entrada para a Cultura Artística, que ficaria em frente a uma nova praça Roosevelt, uma área revitalizada pelos teatros. A ideia é que a praça seja uma extensão de todos os teatros. Nenhum lugar é, hoje, tão efervescente na cidade de São Paulo do que o chamado Baixo Augusta, do qual a praça Roosevelt faz parte. É um lugar que mostra como a população muda o significado de uma cidade, dando vida ao que parecia irremediavelmente morto. O que está aqui é muito mais do que uma questão provinciana --mas o símbolo da capacidade de fazer com que a educação e cultura moldem uma comunidade. Leia mais (20/04/2009 - 10h58)

Nenhum comentário: