sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quando a sensatez não tem vez

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no-country.jpgEstou naquela posição minoritária que acredita que, assim como é melhor ser rico a ser pobre, uma moeda forte é preferível a uma moeda fraca.  Se os economistas dizem que uma moeda mais fraca é preferível a uma mais forte, então a lógica nos levaria a concluir que uma moeda sem valor nenhum será preferível a uma moeda de valor infinito.

É verdade que o país com a moeda de valor zero tenderia a apresentar pleno emprego e robustas exportações.  Óbvio.  Com o custo da mão-de-obra relativamente baixo, a população poderia ser facilmente empregada até mesmo nas mais inúteis atividades.  E pelo fato de a população não possuir poder de compra nenhum, todo e qualquer produto seria exportado para aqueles países cuja população possui uma moeda com maior poder de compra.  Adicionalmente, as importações seriam nulas, pois a população local seria incapaz de adquirir qualquer coisa produzida em outros países de moeda mais forte.  Como consequência, o nível de consumo neste país seria extremamente baixo e o padrão de vida desta população seria lamentável.  Essencialmente, essa economia seria parecida com aquelas economias pobres que funcionam em nível de subsistência, como as da Bolívia, do Zimbábue e do Haiti.

Por outro lado, um país com uma moeda de valor infinito vivenciaria o melhor dos mundos possíveis.  Mesmo a mais ínfima quantidade de dinheiro permitiria a seus cidadãos comprarem volumosas quantias de bens estrangeiros.  O dinheiro ganhado em um bico qualquer, como trabalhar de babá por apenas uma tarde, daria mais poder de compra do que meses de trabalho duro em países mais pobres.  A moeda forte permitiria que o consumo aumentasse ao mesmo tempo em que as horas de trabalho diminuíssem.  A poupança aumentaria continuamente de valor, as pessoas poderiam viajar com cada vez mais frequência e dedicar muito mais tempo ao lazer.  Essencialmente, é assim que funciona uma economia rica.

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