quarta-feira, 18 de abril de 2012

A reestatização do crédito no Brasil

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1283


size_590_bndes-600.jpgNão mais do que 15 anos atrás, 23 dos 25 estados do Brasil possuíam seu próprio banco.  Fundados após a Primeira Guerra Mundial e ao longo de todo o século XX, sob o pretexto de fornecer financiamentos de longo prazo sempre que os bancos privados se recusassem a emprestar (ou fossem incapazes de conceder crédito em decorrência da alta inflação de preços ou do excessivo volume de crédito tomado pelos governos), estes bancos acabaram gerando severas atribulações fiscais e monetárias para o país.  O Banespa, no estado de São Paulo; o BANERJ, no estado do Rio de Janeiro; o Baneb, na Bahia; o Credireal, em Minas Gerais; e o Banestado, no Paraná, são apenas uma amostra destas instituições financeiras estatais.  Os mais velhos certamente se lembram bem destes nomes infames.

Na teoria, todos estes bancos tinham o objetivo de gerar desenvolvimento para suas respectivas regiões.  Na prática, a realidade foi totalmente diferente.  Quantidades infinitas de empréstimos eram feitas para seus acionistas controladores -- os próprios governos estaduais -- sempre que as receitas de impostos se mostravam insuficientes para cobrir os gastos públicos.  As várias empresas estaduais nos setores de telefonia, água e esgoto, rodoviário e de transporte também eram agraciadas com crédito destes bancos estaduais.  Como era de se esperar, estes empréstimos frequentemente não eram quitados.  Porém, o "risco de crédito" dos governos estaduais permanecia inalterado.  Empréstimos adicionais iam sendo concedidos à medida que os antigos eram ou renegociados ou simplesmente cancelados.

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