Folha de S. Paulo
SNI espionou críticos do governo após a ditadura
Documentos liberados à Folha pelo Arquivo Nacional após 25 anos de
sigilo demonstram que o governo do atual presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), espionou os principais focos de críticas na sociedade
civil. O governo interceptou cartas, infiltrou agentes e produziu
listas de nome e endereços dos principais protagonistas da oposição.
Criado após o golpe de 64 e mantido por Sarney (1985-1990), o Serviço
Nacional de Informações centralizava as informações na chefia do órgão
em Brasília, que tinha status de ministério e ocupava sala ao lado da
de Sarney, no Palácio do Planalto. Os relatórios revelam os principais
focos de preocupação do governo: partidos de esquerda, entidades de
trabalhadores rurais sem terra, especialmente o MST -largamente o mais
visado dentre todos-, religiosos da Teologia da Libertação, sindicatos
e setores da mídia. O SNI recebia e retransmitia relatórios produzidos
por inúmeros outros órgãos que formavam a chamada "comunidade de
informações" -o arquivo contabilizou pelo menos 248 órgãos que
integravam o sistema do SNI. --
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_publicacao=33121&cod_canal=1
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