terça-feira, 20 de abril de 2010

"Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de lixo" - Portal EcoDesenvolvimento.org | Movimento Nossa São Paulo

"Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de lixo"

O Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de lixo
que são despejados em depósitos e lugares irregulares. "É um volume
muito grande", afirmou nessa segunda-feira, 19 de abril, o diretor
executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho. Ele disse ainda que o
problema é agravado pelas 20 mil toneladas diárias de resíduos
domiciliares que não são sequer coletadas.

O lixo é considerado o principal causador de inundações e doenças nos
centros urbanos, como se viu nas recentes enchentes ocorridas no Rio de
Janeiro. "E não sendo coletadas, elas são também dispostas
inadequadamente e acabam jogadas em terrenos baldios, rios e córregos
d'água", disse Silva Filho.

Para a Abrelpe, deve haver um planejamento municipal que tenha uma
gestão integrada de resíduos sólidos, redução da geração de lixo,
coleta seletiva e reciclagem. "E, principalmente, cuidando da
destinação desses resíduos", reforçou o diretor.

Com base em dados da Abrelpe de 2008, o mercado de limpeza urbana no
Brasil movimentou naquele ano R$ 16,5 bilhões. "São gastos no Brasil
pouco mais de R$ 8,00 por habitante por mês para dar conta de todo o
serviço de limpeza urbana, que inclui coleta de lixo diária,
transporte, destino final, varrição, limpeza de ruas, capina, limpeza
de córregos. Com isso, nós continuamos com o déficit de 67 mil
toneladas/dia de lixo com destinação inadequada".

Segundo Silva Filho, para melhorar a destinação dos resíduos urbanos é
necessário um investimento maior. A Abrelpe defende que o modelo
adequado para fazer essa transição seriam as parcerias público-privadas
(PPP). Nesse modelo, o investimento inicial é feito pelo setor privado,
desonerando os cofres públicos. "E o Poder Público faria um
financiamento desse investimento de longo prazo, de forma que não haja
um grande impacto nos cofres públicos de uma vez só".

Silva disse ainda que o Brasil não desenvolve ações concretas para
avançar no tratamento do lixo, e que ocorrem ações isoladas apenas em
São Paulo e Minas Gerais. --
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/10481


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