sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Balança, trinca, estala, entorta mas não cai

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"São dois prédios colados um ao outro. No momento do estrondo, os bombeiros foram chamados e constataram, no último andar, que havia um espaço de 2,5 cm entre os dois edifícios. Mais tarde um pouco, eu subi lá e constatei uma distância de 4 cm, ou seja, ele se movimentou de novo. As pessoas entraram, uma por uma, sempre acompanhadas por alguém da Defesa Civil e retiraram o que puderam dos seus pertences. Hoje de manhã foi a vez dos ocupantes do prédio comercial.


Ainda não é possível saber exatamente o que causou o abalo, mas uma coisa nós já sabemos. Esse prédio comercial (que foi o que se deslocou), uma construção de cerca de 50 anos de idade, foi feito com estrutura modelo "tubulão", um tubo preenchido com concreto. Sem sapata! A sapata é uma base de concreto quadrada que fica na base do tubulão, absorvendo e redistribuindo o peso. Esse não tem, e a coluna sofreu um reassentamento. Isso aconteceu por causa da movimentação da obra ao lado? Pode ser, é provável. O que não quer dizer necessariamente que a obra é "culpada", que a movimentação foi feita de maneira errada.


Hoje à tarde, a construtora começou a instalação de estacas metálicas para aliviar a pressão e conter o edifício entortado. O prédio residencial não entortou nada, mas precisa ficar interditado porque se alguma coisa acontecer ao vizinho ele será atingio. A obra para colocação das estacas demora uns cinco dias".


Fico tentando imaginar um estrondo, um estalo horrendo de um prédio se descolando do outro, como um imenso velcro de concreto se abrindo. Credo. Já imaginou se fosse o contrário, o prédio residencial entortando, e além do estalo houvesse o movimento?


E fico imaginando agora a cobertura de amanhã. Fotos, aspas, infográficos, opinião de especialistas, rumores... Mas tudo indica que essa novela será curta, mais pra mini-série.

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