terça-feira, 9 de junho de 2009

Tensões de cada um

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A TPC está de volta e vai agitar Brasília até quarta-feira. Explico melhor: TPC é a tensão pré-copom, aquela guerrinha travada nos bastidores entre Banco Central, de um lado, e praticamente toda a Esplanada dos Ministérios do outro, Ministério da Fazenda à frente. Era mais comum no primeiro mandato às vésperas de o Comitê de Política Monetária do BC decidir se reduzia, subia ou deixava a taxa de juros onde estava. Agora, não há dúvidas de que virá uma redução. O ataque de TPC se manifesta por conta das dúvidas sobre o tamanho do corte na taxa básica de juros, hoje em 10,25% ao ano. Dentro do Banco Central, a equipe de Henrique Meirelles ensaia um discurso para tentar acalmar os ânimos do Palácio do Planalto: melhor ter agora uma atitude mais conservadora e evitar ousadias que, no futuro, poderiam exigir correções na política monetária mais à frente, em 2010, o ano da eleição presidencial. Em outras palavras, fazer um corte elevado agora aumenta o risco de um aumento na taxa de juros, no próximo ano, quando a economia deve voltar a entrar num ritmo mais forte. Aí, sim, seria muito pior para o Palácio do Planalto. O fato é que dificilmente o BC irá surpreender e fazer um corte ousado na taxa de juros. Deve optar pelo caminho do meio e reduzir os juros em no máximo 0,75 ponto percentual. A equipe de Guido Mantega não vai gostar, mas não a ponto de sair por aí reclamando. Avalia que se o corte for mesmo de 0,75 ponto percentual já será alguma coisa. Confirmada essa expectativa, a taxa de juros vai cair para 9,5%, recuando para um dígito. Já serve para dourar a pílula. Leia mais (09/06/2009 - 00h06)

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