quarta-feira, 8 de abril de 2009
De Sanctis faz reclamação formal na ONU contra a Suíça
O juiz federal Fausto Martin de Sanctis enviou uma reclamação formal à ONU (Organização das Nações Unidas) e ao Gafi (Grupo de Ação Financeira Internacional sobre Lavagem de Dinheiro) contra a Suíça. Ele diz que o país violou uma convenção internacional da ONU ao se recusar a informar um executivo que trabalha no Credit Suisse de que ele estava intimado para depor num processo criminal no Brasil, informa Mario Cesar Carvalho na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL. O executivo, o alemão Thomas Uhlmann, é réu numa ação penal na qual é acusado de participar do grupo do Credit Suisse que abria contas para brasileiros na Suíça a partir de um escritório em São Paulo e usava doleiros para fazer remessas para aquele país, segundo a Polícia Federal. O grupo trabalhava para o departamento de "private bank" do Credit, que cuida de grandes fortunas. O grupo é acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crimes contra o sistema financeiro. Como o Brasil não tem um acordo de cooperação com a Suíça, o instrumento usado para a troca de informações jurídicas é a Convenção de Palermo, de 2003, que trata do crime organizado e de lavagem de dinheiro. A Suíça assinou a convenção e deveria, em tese, ajudar a combater a lavagem. O país se recusou a informar o executivo da intimação por considerar que o que ele fez no Brasil não viola nenhuma lei suíça --a remessa é interpretada como evasão fiscal, o que não é crime na Suíça. Leia mais (08/04/2009 - 10h56)
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