quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Corrupção no Emílio Ribas, Adolfo Lutz e Sec. Saúde de SP










Enviado ao Ministério Público em 2009(retirado os nomes e dados pessoais e copiado apenas alguns trechos)

Natureza: Acidente do Trabalho - Recusa a Emissão de CAT e outras Questões


Partes - Autor: MARIA TERESA XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Esta Peça - Objeto:
            - Pede Providências e Noticia Fatos
            - Denuncia Assédio Moral no Ambiente de Trabalho - Denuncia Violência Física e Mental, Desrespeito à Dignidade da Pessoa Humana, Omissão ou Ineficácia dos Órgãos e
Autoridades aos Quais Já Denunciou Fatos Reiteradamente, Durante Anos (relacionados adiante)
            - Acrescenta Novos Fatos e Denuncia Violências Recentes, Coação Moral e Contaminação do Ambiente de Trabalho com Agentes Químicos e Biológicos (obrigada a
trabalhar em sala de depósito de resíduos de Antraz).
            Não Repete Denúncia Anterior, Mas Relata Novos Fatos e Agravamento dos Danos em Decorrência da Ausência de Medidas Eficazes Para Coibir a Prática do Anteriormente
Denunciado
            - Tudo Em Retaliação e em Continuidade a Assédio Moral por Ter Feito Denúncias em 1998 Por Recusar-se a "Abrandar" Laudos Hematológicos dos Efeitos Colaterais da Administração de Antiretrovirais em Crianças Portadoras do Vírus HIV - Questões de Saúde Pública - Interesse Geral

            - Atualmente a Biologista Denunciante Faz "serviços gerais" (serve café, leva e traz papéis) e está confinada em uma sala, dita em "regime semi-aberto" por seu Chefe, Dr. Alberto
XXXXXXXX, que alisa adagas e afia peixeiras na sua presença, força-a a assistir filmes sadomasoquistas dizendo ser para testar a sua "frieza".

            Este Superior Hierárquico Diz Ser Diretamente Ligado ao Secretário de Saúde - O local de Lotação e Trabalho é no Instituto Adolfo Lutz, Prédio Central, 2º Andar, Sala 74-B (faz
parte da Diretoria dos Serviços Básicos) - Av. Dr. Arnaldo, n. 355
________________________________________________________________________
...neste ato comparece à presença de Vossa Excelência para

                  relatar os fatos adiante vertidos, sejam os recentes, sejam os dos anos anteriores, ligados a estes e de modo a culminar na situação insustentável e a exigir solução imediata, para preservar a sua integridade física, mental e a própria
vida, bem como para prevenir contra outros atos desta natureza contra outros obreiros e, ainda, para destacar o interesse público decorrente das graves denúncias que fez e da ausência de providências eficazes e aptas à prevenção de riscos aos
trabalhadores daquele local e à população, aos usuários dos serviços, conforme é descrito pelos elementos de fato e de direito vertidos adiante.


                 Também assim procede para requerer que se permita e autorize à requerente entregar ao MPF toda a documentação e provas que tem em seu poder (documentos, gravações e provas acerca do que aqui narra). Tal providência contribuirá para a segurança da requerente.


     Síntese e Justicativa de Relato ao MPF
1-1-                   A requerente, por receio de novamente ser perseguida e para não fazer mais denúncias que permaneçam na total inutilidade e inércia, recorre novamente ao Ministério Público Federal, como já o fez no ano de 2005, quando relatou ao Procurador Dr. Adilson ____ o que, àquela época, era o início desta sequência de atos de assédio moral, no curso do qual foi vítima de todos os tipos de atentado: desde à integridade física, à mental, culminando com as situações de risco de morte. Seguiu a orientação de Vossa Excelência e dirigiu-se ao Ministério Público Estadual. Fez denúncias e Boletins de Ocorrências nas respectivas Delegacias; chegou a ajuizar ações. Mas nada, nada, absolutamente nada ocorreu de útil.

               Pior, tudo o que poderia acontecer contra a vítima, e não para protegê-la e às demais pessoas que estão sujeitas aos mesmos riscos, tudo acabou consumado, porque foi perseguida, sofreu retaliações, perdeu funções, foi transferida de ofício do
Emílio Ribas para o Instituto Adolfo Lutz, perdeu remuneração, E EM VEZ DE SER TRATADA E SEREM PUNIDOS OS RESPONSÁVEIS, A VÍTIMA, A AQUI PETICIONÁRIA, FOI SUBMETIDA, NO CURSO DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E OUTROS, A EXAMES POR
PSIQUIATRAS, COM O OBJETIVO DE DESQUALIFICAR AS SUAS ASSERTIVAS E PARA EVITAR QUE OS RESPONSÁVEIS PUDESSEM RESPONDER PELOS SEUS ATOS, JÁ QUE ESTARIAM SOB INVESTIGAÇÃO DECORRENTE DE RELATOS FEITOS POR UMA PESSOA EMOCIONAL E MENTALMENTE DESEQUILIBRADA.

                  A aqui requerente passou por todos os percalços possíveis:
- agressões físicas; atentado em seu carro; coação moral;

-transferências de ofício e perdas salariais;

-contínuo assédio moral, praticado por anos e pelas mais variadas formas e meios;
submissão a exames psiquiátricos e "tratamentos" psicológicos quase forçados, como condição de "readaptação funcional";

- isolamento completo no ambiente de trabalho;

- proibição de contato ou trabalho em suas funções e conformado com suas qualificações; ameaças veladas e diretas;

- terror psicológico quase constante pelo atual superior hierárquico, com sessões forçadas de vídeo sadomasoquista no ambiente de trabalho, em sala fechada e convivendo com
pessoas em tratamento psicoterápico por uso de drogas e outras situações deste jaez;

- e, para culminar, exposição a agentes químicos e biológicos, sabendo-se que não pode sofrer nova intoxicação, já que foi submetida a exposição e intoxicação, em 2005, por
hidrocarboneto e creosoto (na Sala 24, térreo, onde havia material radioativo), novamente é exposta a resíduos (dito lixo) colocado em caixas há vinte dias na sua sala de "regime
semi-aberto" (sala 74-B, 2º andar - Prédio Central do Instituto Adolfo Lutz);

- Quando recusou-se, em 1998, a "abrandar" resultados hematológicos dos efeitos colaterais da administração de antiretrovirais em crianças portadoras de HIV (tanto que
sofreu agressão física àquela época - BO XX DP n. XXXX/XX - corpo de Delito n. XXXX/XX, sendo agente Isabel Cristina), recebeu proposta para FICAR CALADA E RECEBER QUANTIA
EM DINHEIRO PARA ISTO, PORQUE ESTAVA CRIANDO PROBLEMAS COM A INDÚSTRIA DE FÁRMACOS E INTERFERINDO EM PROTOCOLOS.

Esta lista não é exaustiva: é exemplificativa !

                 Com esta apertada síntese, senhor Procurador, a requerente espera ter justificado o motivo de recorrer ao MPF e para ter proteção imediata, imediata mesmo, porque não sabe se sobreviverá para relatar tais fatos e acompanhar a apuração da verdade, já que está com muitas dores, não se sabe ao certo o motivo desta muito provável contaminação.

                  Seja como for, após esta denúncia, não poderá retornar ao ambiente de trabalho (e não só pelo que relata, mas por ser inaceitável exigir que um obreiro da saúde
submeta-se a licenças médicas que só são concedidas se não houver "risco" para quem a concede, para que continue submetida aos constrangimentos e tortura, terror psicológico
diário, até que enlouqueça ou morra e nada mais possa dizer).

     Dos Fatos
3-1-                   A razão de recorrer ao MPF foi exposta linhas volvidas. Há claro interesse e legitimidade do Ministério Público Federal par ao que aqui é exposto, especialmente sob
     o contexto dos fatos declinados.

3-2-                   Os procedimentos instaurados no âmbito estadual terminam de modo a nada ser apurado ou a inverter-se a acusação contra a aqui peticionária. Os procedimentos   judiciais são realmente inúteis, e isto é evidenciado pelo fato de o Judiciário, ao que tudo indica, não ser capaz de solucionar questões urgentes a tempo e modo. Os processos tramitam por anos, durante os quais o que se pretendia coibir acaba prejudicado (assédio moral no ambiente de trabalho), neste caso com a preservação da saúde física e mental, além da própria vida da requerente. Não é admissível que a requerente seja compelida a trabalhar diariamente enquanto aguarda uma solução. Deve ser afastada sob o amparo da tutela jurisdicional.


3-2-1                 Mas isto não é factível se o afastamento decorre de sucessivos acidentes do trabalho, sendo que não há quem emita CAT sob tal contexto. Diante de tudo o que é
relatado, a requerente pode ser sumariamente afastada do trabalho, submetida a procedimentos piores ainda ou não resistir a tudo isto, não sobreviver, o que está perto de ocorrer.    A urgência é para afastar do local de trabalho, de uma instituição que presta serviços à população, aqueles que estão propondo propina para ocultar resultados de exames, submetendo empregados a terror psicológico e ameaças contínuas, por meio de chefias e atos administrativos, para que se calem e contra estes seja instaurado processo de desqualificação mental, até que sejam havidos como "loucos" e inaptos a prestarem
reclamações ou fazerem denúncias.

3-3-                  Adiante será feito relato cronológico dos fatos, com os respectivos comentários. Isto para que o MPF possa investigar, ouvir a requerente em depoimento, ou determinar as providências cabíveis para assegurar que os fatos sejam realmente apurados e a sua saúde e vida preservadas.

3-4-                  Sofre ameaças veladas e também diretas de seu superior hierárquico, Dr. Alberto XXXXXXXXXX, diariamente, jactando-se este de ser "diretamente ligado ao Secretário". Este mesmo senhor é chefe do seguranças e dos Serviços de Biotério, e continuamente diz à peticionária que a sua vida será um inferno permanente se não mudar o seu comportamento e desistir de todas as denúncias e processos judiciais. A requerente está PROIBIDA DE RELACIONAR-SE COM COLEGAS E ESTÁ ISOLADA DO CONVÍVIO SOCIAL. Seu chefe diz que a peticionária está em "regime semi-aberto".


3-5-                  A Requerente, aqui peticionária, é conduzida a situações vexatórias, desumanas, de total desrespeito à dignidade da pessoa humana, é humilhada, sofre agressões físicas e coação moral contínua, foi contaminada com agentes químicos ou biológicos há vários anos, não pode ser exposta a nova contaminação, mas é exposta a agentes desta natureza em uma sala fechada, na qual está confinada e para a qual foram
levadas, há vinte dias, caixas de descartes (dito lixo), das quais não pode verificar o conteúdo, e, coincidentemente, sentiu dores fortes na semana anterior e foi levada para exames e tratamentos médicos - por insistência de colegas de pós-graduação que constataram esta situação - recusando-se a ser operada sem antes ter exato e formal diagnóstico do motivo do agravamento de seu estado de saúde.

3-6-                   Três colegas seus, que trabalharam no mesmo local e foram "confinados" de modo parecido, de modo inexplicável e não esclarecido, morreram ao longo do tempo:
os nomes exatos e qualificações poderão ser obtidos posteriormente, sendo eles: Maria Lúcia Faraco; Antônio Portela e Trindade.

3-7-                   Uma médica da Glicério, Médica do Trabalho que a atendeu em 2006, uma excelente e criteriosa profissional, de origem japonesa (documentos e datas fornecerá
     posteriormente, diante da urgência deste relato), resolveu fazer inspeção no local de trabalho (Sala 24, térreo) e para constatar os agentes biológicos e químicos causadores
     daquela intoxicação, para denunciar a quem coubesse ou prevenir imediatamente novos casos. Esta médica, contudo, foi morta em um estranho assalto, no dia seguinte à visita ao
local de trabalho da peticionária, sem que dela nada fosse levado pelos "assaltantes".

4-1-                 ADIANTE, RELATO CRONOLÓGICO RELATIVO AOS FATOS ATÉ O MÊS DE JUNHO DESTE ANO DE 2009, COM COMENTÁRIOS E INFORMAÇÕES FEITOS PELA PRÓPRIA REQUERENTE .
                     Além dos incidentes registrados (processos, BO e similares), há comentários da requerente para detalhar alguns dos tópicos.
                     A redação é mantida na primeira pessoa do singular para preservar ao naturalidade da narrativa, neste ato com adequação e organização do texto, mas mantendo o conteúdo (itens 1 a 18 adiante)

1- Inicio - classificação de biologista 1993-DO seção II págs 41-42

2-     ingresso no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em 1997, na seção de Hematologia do laboratório central salário de R$ 1.800,00 mais prêmio incentivo - Lei 9.185/95

3- lotada pela lei 500/74- 30 horas semanais mais 2 plantões de 12 horas que não foram remunerados

4- Agressão física sofrida pela encarregada Isabel Cristina Martins.
4-1- BO. nºXXXX/XX e ACD (A. Corpo de Delito) no XXº DP de SP
4-2- BO nºXXX/XX crimes funcionais - DECON

5- Instauração de Sindicância interna nº001/0707/000680/97
5-1- BO nºXXX/XX de ameaça no 23º DP

6- Transferência ex-officio DO 28.02.1998 seção II pág.52 exec.
   - salário reduzido para R$ 1.000,00

          Início do impedimento administrativo de exercer as
funções de biologista no laboratório, sofrendo ameaças sobre os episódios ocorridos dentro do hospital - Emílio Ribas -, quando tentaram me submeter para abrandar laudos hematológicos de pacientes portadores do vírus HIV, que estavam submetidos por terapias que alteravam a medula óssea dos mesmos.
 

          Inclusive nesta época o Padre João, da Capelania Católica, denunciou os fatos.
 

          Juntei-me a ele e colaborei para que autoridades
tomassem referidas providências, mas tudo foi em vão. Até a policia abafou tudo.
 

          Morreram vários pacientes, inclusive crianças.
 

          Fui testemunha ocular destes acontecimentos. Tenho provas e nomes com gravações de funcionários que me ensinavam a mentir para aprovar o HART.



7-             Transferência para o Instituto Adolfo Lutz
               Inicialmente locaram-me na hematologia; mas quando chegou meu prontuário começou o assédio, com a finalidade de descaracterizar minha posição profissional perante colegas.

               Com constantes ameaças para eu "esquecer" os fatos ocorridos anteriormente no hospital barganhavam minha avaliação revertida em salário com o meu silêncio.

               Dr. Cristiano de Azevedo Marques foi o intermediador desta negociação que usava Àquila Maria Lourenço Gomes, minha Diretora de Divisão para tentar me comprar com subornos e constrangimentos vexatórios em público,
humilhações e ameaças que foram tomando proporções que estragaram minha vida funcional e financeira.

               Como não bastasse, mandava me revistar alegando que eu era uma pessoa não grata para o bom andamento do Instituto, chamava-me de "laranja podre do Estado".

            Comecei uma pós- graduação no próprio Intituto de Imunologia, mas fui barrada quando já estava terminando, em 2002, alegando como motivo o impedimento administrativo atestado pela minha própria orientadora, que alega,
junto com a própria Aquila M. Lourenço Gomes, que eu não prestava para continuar no exercício profissional.

            Daí, então, me colocaram para servir café aos meus colegas de pós na secretaria onde fiquei dois anos 2001 a 2002.

8-            Fui convocada, arbitrariamente, para depor em um novo processo da coordenadoria dos Institutos de Pesquisas, referente à continuação do assunto do Emílio Ribas ("abrandar" resultados de laudos hematológicos dos efeitos colaterais
   de antiretrovirais em crianças portadoras de HIV). Aquele assunto eles deixaram sem um nome específico e sem protocolo para que eu pudesse dar vistas do que se tratava.

            Constava    que      eram    irregularidades    da    área     médica Nº001/00700.000.075/2001. Submeteram-me, sem direito a defesa. Só no fim me foi colocado que era punitivo a mim e me condenaram. Fui punida, paguei multa em
2003. Tudo que levei para argumentar a meu favor não foi levado em consideração.

9-            Prestei também dois concursos públicos para pesquisador científico
   I. O Dr Cristiano segurou minha prova para não ser corrigida. Consegui minha prova pela PAJ, que não fez o mandado de segurança para eu assumir em 2003.

10-           Sofri nova ameaça - BO nºXXXX no XXº DP - com a presença de um explosivo no meu carro, submetido a perícia

11-           Entrei pela PAJ com o processo nº 583/053.05.010682-4, na 10ª vara da Fazenda pública. Foi indeferido o pedido e a Procuradora Dra. Maria Helena disse
   que eu retornasse para o museu ou me aposentariam por invalidez.

12-          Fui colocada no Museu em maio de 2005. De julho a agosto, deixaram-me em contato com um armário na Sala 24, expondo-me a um veneno chamado creosoto, que me intoxicou e me deixou sequelas pulmonares.

             Fui socorrida no posto de saúde do meu bairro e fui encaminhada para o centro de intoxicação do Jabaquara.            Deram-me lá um laudo T-160, descaracterizando a intoxicação por meio de diagnóstico feito por um médico que:
             a- nunca trabalhou no DPME;
             b- não me examinou; e
             c- deu-me um laudo falso.
             Basearam-se em documentos administrativos para analisar minha saúde, expondo-me mais ainda a uma pressão de apagar todo meu esforço de lutar contra esta imposição de frearem meu comportamento com armadilhas de baixo
  procedimento e retenção salarial barganhada com imposições de Dr Cristiano e de Áquila. Estes (Dr. Cristiano e Áquila), juntos, fizeram documentos de atos ex-officio, deixando- me alienada e impossibilitada de agir, mesmo com a PAJ dando suporte a
  mim. Foi inútil o processo então iniciado na 10ª vara. Prescreveu. Está em 2ª instância.

            Neste momento fui buscar socorro ou ajuda na Medicina do Trabalho, que funciona na Glicério, onde uma médica, que era diretora do Serviço deste Ógão, foi fazer uma inspeção na Sala 24 do Prédio central onde fui contaminada. Lá ela
constatou a presença de produtos nocivos, hidrocarbonetos aromáticos que impregnavam as madeiras do insetário que a áquila obrigava-me a manipular, mesmo eu apresentando náuseas e dores abdominais.

            Também encontrou materiais radioativos, que estavam camuflados no meio de descartes biológicos, já que esta Sala 24 era uma espécie de depósito de materiais que deveriam ser desprezados do Instituto.

            Estes descartes expunham a risco a saúde dos funcionários que respiravam aquele hidrocarboneto de alta periculosidade.

            Foram vários os funcionários que, colocados nesta sala, um a um, e um de cada vez, vieram a óbito.

          Era como um castigo por abrir a boca.      Isto era colocado pela própria Áquila como um concerto, como castigo.

          Morreram com os mesmos sintomas que tive no dia do choque hipovolêmico, em razão do qual fui levada para o médico do Jabaquara.

          Ficávamos trancafiados e proibidos do relacionamento. Éramos ameaçados por Áquila o tempo todo.

          Meu processo interno de acidente de trabalho sumiu - nº 520 ou nº 2520/2005 e 828/2005. Fiz BO_ nº XXXXX/XXXX a respeito disto.

13-           Não permitiram mais que eu entrasse no Instituto até 2007. Assinava o ponto e ia para casa, até a nova Diretora, Dra. Marta Salomão, locou-me em uma oficina de manutenção com 17 (dezessete) homens, entre mecânicos, pedreiros e
  pintores e funcionários de frente de trabalho.

              Local sem banheiro e não executava qualquer tipo de tarefa.

              Passei à avaliação por um funcionário de nível básico, que dava meus conceitos de avaliação baseados em meu "comportamento de me submeter, sem ser inconveniente e reclamar de nada." Assim fui informada sobre o método dele.

              Assim foi até que aconteceu uma reunião que João Alves, encarregado.

  Obrigava-me a incriminar um moço da frente de trabalho de roubos que estavam acontecendo no setor da oficina.

              Ao me recusar a esta imposição, em agosto de 2008 (dois mil e oito), começaram a me ameaçar com uma peixeira.

14-          Fiz outro Boletim de Ocorrência - BOnº XXXX/XXXX - e representei recentemente.

15-          Colocaram-me em observação durante a vigência do parecer do Departamento Médico, no qual havia laudo baseado em documento feito pela Áquila, que novamente fez pareceres administrativos de verdadeira desqualificação funcional minha. Alegava que minha capacidade laborativa estava diminuída. Com
isto, estão me barrando para realizar cursos e de frequentar seções para esclarecimentos administrativos.

             Inclusive acionam seguranças para me tirarem do departamento pessoal, quando vou requerer algum esclarecimento.

             Somem com meus protocolos e avisam dos assuntos e decisões sempre depois do tempo de dar entrada aos recursos.

             Mesmo assim tenho sorte de às vezes dar tempo e, então, ficam nervosos por eu sobreviver aos meios por eles empregados.

             Daí vêm as represálias até com tentativas de homicídio. Que é o que está aconteceu na semana de 03 de setembro de 2009


16-            Em junho de 2009 colocaram-me para trabalhar com um grupo de funcionários que estão me pressionando a desistir de todos os meus procedimentos jurídicos, comprando minhas testemunhas e me jogando contra elas com mexericos e
  calúnias.

17-           Fiquei, desde junho de 2009 (dois mil e nove) sob a observação de Dr. Alberto, que então dizia manter contato com os "Grandes" para limpar meu nome no prontuário médico e administrativo, já que ele mesmo diz que o jurídico está
  quebrado.

              Trancaram na sala para pressionar, ele e a atual substituta da Áquila, dona ROSE, que nem graduação paramédica tem, e de novo tentavam barganhar meu
  salário em troca de submissões e recuo de minhas atitudes para a minha defesa.

5-1-                  ADIANTE, RELATO CRONOLÓGICO RELATIVO AOS FATOS DESDE O MÊS DE JUNHO DESTE ANO DE 2009.
5-2-                  Aqui destaca relatório do convívio com o Dr. José Alberto XXXXXXXXXX, seu superior hierárquico atual. O destaque é feito por ser relativo a fatos atuais e
pelo que o próprio relato demonstra, quanto à impossibilidade de continuar sob tais condições de trabalho e subordinação.

            Colocaram-me com Dr. José Alberto XXXXXXXXX para prestar serviços de cunho administrativos simples. Dr. Alberto é chefe de segurança e pregoeiro, diz ser veterinário também, pois presta serviços ao Biotério como Diretor
de serviços de Biotério.

            Ficamos locados em uma mesma sala inicialmente (sala 74 do 2º andar).

            Mostrando-se partidário aos meus sofrimentos no Instituto, inicialmente colocou-se em uma posição de tomar iniciativas de me ajudar a resolver minha situação administrativa, por intermédio de seus relacionamentos com o atual Secretário da Saúde, Dr. Paulo Seixas e Dr. Reinaldo, íntimos dele segundo diz.

            Dialoga o tempo que fica nesta sala sobre assuntos de cunho inibitório.

Diz que devo mudar meu comportamento de procurar meus direitos via judiciário.

            Existe uma proibição explicita em eu continuar minha vida funcional na biomedicina. Estou proibida de participar de qualquer envolvimento oficial científico aberto ao público dentro da rotina da instituição, que promove periodicamente
atualizações em vários assuntos de interesse em saúde pública.

            Alega que estou em regime semi- aberto.

            Repete assuntos que muito me incomodam, mas ele insiste em relatar e deixa claro o seu passado na experiência com armas e lutas.

            Ensina-me como devo proceder para exterminar a Áquila M. Lourenço, a responsável pelo assédio moral contra mim anteriormente.

Também faz questão de, vez ou outra, ficar amolando adagas e facas, apontando para mirar em mim.

            Para melhor entendimento desta narrativa sobre ele passar imagem de "amigo", isto ocorre como se fosse um aviso:
nosso salário é dividido em duas parcelas, a primeira paga no quinto (5º) dia útil; a segunda depende de notas que o chefe imediato coloca em um relatório trimestral de nossa avaliação. Mas devemos obedecer determinações nem sempre
condizentes com parâmetros profissionais objetivos e claros onde são exigidos comportamentos reprimidos e humilhantes de nossa parte para não perder a nota.

            Fazem deste meio um recurso de barganhar situações de todos os funcionários, inclusive de até impor uma conduta comportamental de chegar a proibirem de nos relacionarmos bem entre nós, colocando inimizades e rixas
desnecessárias para o bom serviço.

           Em maio fui novamente convocada oficialmente no DPME, para avaliação que se resumiu em uma nova entrevista, na qual foi dito que eu seria afastada do convívio social e que iriam prorrogar minha readaptação.

           Nisso o Dr. Alberto alega que não pode me ajudar e que este diagnóstico é administrativo; que mesmo imoral eu tenho que obedecer às proibições de progresso profissional.

           O Dr. Alberto mudou sua mesa para uma saleta dentro do Biotério, que funciona em outro prédio externo. Esta sala é muito pequena e ele ali também obrigou-me a ficar junto dele.

            Esta sala é atípica com as necessidades do Biotério. Todas as vezes que ele me chama percebo que usa um solvente para ficar limpando as facas na minha presença. Isto me incomoda. Esta sala faz me lembrar de como ele me orienta para exterminar os funcionários como a Áquila, dando um golpe no pescoço e virando-o fingindo ser acidente.

            A partir de dia 12 de agosto começaram questionamentos sobre meus procedimentos jurídicos, querem saber o nome de meu advogado e se eu que abri um
processo no Ministério Federal do Trabalho.

            Dr. Alberto em 24 de agosto. novamente com seus recursos de imagem, criou situação de constrangimento na qual fui conduzida a assistir, na presença de um de seu funcionários da segurança (Júnior), cenas de sadomasoquismo em seu
monitor de vídeo, com órgãos genitais masculinos e dedos decepados a sangue frio.

            Júnior questionou por que tínhamos de ver aquilo; Dr. Alberto respondeu que era para ver se eu tinha sangue frio.

6-1-                   ADIANTE, relatório sintético dos processos e procedimentos      (judiciais, administrativos e no âmbito policial) ao longo do tempo, até novembro de
     2009.

        1- Agressão Física B.O. XXº DP nº XXXX/XX e ACD (A. de Corpo de Delito)
        2- BO. 1º Crime Funcionais nº XXXX/XX
        3- Ameaças BO. XXX/XX XXº DP
        4- Transferência ex-officio com sindicância interna nº 001 -0707 000680/97
        5- Desvio de função e perda salarial; exclusão do quadro funcional de nível Superior.
           Procedimento nº 000 001/ 0700 000 075/2001 feito pela coordenadoria dos Institutos de Pesquisa (CIP). De vítima passei a ré.
                      Drª Áquila Maria Lourenço Gomes, Dr Cristiano Correa de Azevedo Marques e Drª Silvia Millanello e Valter de Almeida, todos estes ameaçavam-me com perdas salariais para comprar o meu silêncio e abafar o ocorrido no Emilio Ribas.

6- Áquila Maria Lourenço manteve-me sob ameaças e revistas reportando-se a mim, publicamente, como autora de furto e excluindo-me da Pós Graduação e do concurso de Pesquisador

- IP nº XXX/XX oficio XXX/XX XXº DP
- BO. Nº XXX/XXXX 1ª mulher
- BO nº XXXX/XXXX 23º DP e Laudo Pericial
- MPC XXXXX XXXXXXX-X Dr Arthur
- MP XXXX/XXXX PMF XXXX/XXXX
- BO. Ameaça XXXXX/XXXX 1ª mulher
- BO Injúria XXX/XXXX 1ª mulher
- MP XXXXXXX nº XXX/XX (XXXXXXX/XX) - Andréia Chivatti

7- Ação PAJ Nº 583.53.2005 010682 -          Nº ordem 1467/2005 10ª Vara Fazenda Pública - Procuradoria - Maria Helena Marques Braceiro - OABSP nº 90 976 - Danilo Barth Pires - ADV Márcia Pimentel Guedes Oliveira - OAB- 194334
8- Áquila Maria Lourenço Gomes determina meu local de trabalho em uma sala de descartes biológicos. Sofri intoxicação aguda por hidrocarboneto (CREOSOTO).
   Descaracterizaram a intoxicação.
             - BO. XXXX/XX XXº DP
             - IC XXXX/XXXX
             Foram feitos documentos anexados em prontuário médico e administrativos que me impedem de ter atividades laborativas como Biomédica até recentemente. Em resumo, construíram um histórico psiquiátrico para desqualificar
   tudo o que eu denunciava.
             - BO nº XXXX/XXXX 5º DP
             - MP nº XXXXXXX Defesa cidadania - Procurador Zenon Hotufo Tersus
             - BO nº XXXXX/XXXX ameaça


9- Fui locada em uma oficina de manutenção com homens e sem banheiro feminino.
   Fui obrigada a permanecer neste local até ser ameaçada com peixeiras e facas
              - BO- XXXX/XXXX 4ºDP
              - Processo Trabalhista 38º Vara XXXX/2008 - OAB 141716 - Drª Antonia
              Maria Pedrosa de Mello - Defensoria Publica oficio 204/2008

10- Processo XXXX foi para a 2ª Vara da Fazenda Publica nº XXX.XX.XXXXXXX-X
11- Atualmente:
   continuo sofrendo ameaças com o Chefe Dr. Alberto XXXXXXX, que se diz ligado diretamente ao Secretario. Dr. Alberto é chefe dos seguranças e do
   Serviços de Biotério, mostra–me facas e vídeos sadomasoquistas - MAD BLOG - e
   repete que estou em regime semi-aberto.

              Na quinta-feira 05/11/2009, reviraram todas minhas coisas, colocaram lixo na sala que fico (caixas com embalagens de conteúdo desconhecido) atualmente, na qual convivo com funcionários drogados e readaptados pela Psiquiatria.
              Falam-me que tenho que ficar isolada do convívio social e sou proibida de conversar e me relacionar com colegas.

12- Estou em péssimas condições de saúde. Tenho crise durante a pós-graduação. Não há diagnóstico preciso. Estou sofrendo dores fortíssimas e são feitos exames. É dito
  que devo ser operada. Tenho sintomas de intoxicação novamente.

13- Falei ontem com o Dr. Alexandre, do Centro de Intoxicação Ceatox, mesmo onde fui
  atendida em 2005. É provável que tenha ocorrido nova intoxicação. Estou em repouso absoluto, por ter sofrido grave comprometimento no fígado e devo tomar
todas as cautelas para não comprometer os rins.

           Falei, ontem (18/11/2009), com a faxineira da Sala 24 (na qual fui intoxicada em 2005) Arlete Almeida Pires, telefone (11)XXXX-3036, celetista. Ela está tão doente quanto eu, com problemas sérios no fígado. Foi transferida.

(...)

São Paulo, 18 de novembro de 2009.

















Um comentário:

Paulo Pavesi disse...

Ola Daniel Fraga. Infelizmente este caso sera mais um entre tantos. Eu passei por algo muito proximo ao que ela passou, denunciei em todas as instituiçoes possiveis e acabei sendo perseguido pelo Ministerio Publico Federal pois denunciei gente grossa. Em 2008 eu vim para a Italia e pedi asilo politico, que foi concedido por unanimidade. A imprensa simplesmente ignorou o assunto. Em 2009 fiz parte do documentario HOT (human organs traffic) que venceu o festival internacional de cinema de Roma. Mais uma vez a imprensa ignorou. Vi alguns comentarios no Youtube de pessoas desacreditando o depoimento da Sra. Teresa. E' lamentavel que o brasileiro ainda nao tenha se dado conta do que esta acontecendo por ai.
http://ppavesi.blogspot.com