segunda-feira, 3 de junho de 2013

Os efeitos não premeditados de uma desvalorização da taxa de câmbio

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1613


6445.jpgA taxa de câmbio determina o preço que um estrangeiro terá de pagar por um bem produzido domesticamente.  Aumentos na oferta monetária geram pressões inflacionárias nos preços, consequentemente levando a um aumento nos preços propriamente dito, inclusive nos preços das moedas estrangeiras.  Logo, a taxa de câmbio se torna mais depreciada, o que significa que agora são necessárias mais unidades da moeda doméstica para se adquirir uma unidade de moeda estrangeira.  Por outro lado, torna-se mais barato para os estrangeiros comprarem os bens deste país.  Consequentemente, as exortações aumentam.  Conclusão: países podem estimular suas exportações e aumentar o número de empregos nas indústrias voltadas para exportação ao inflacionarem sua oferta monetária. Infelizmente, no entanto, a história não acaba aí.

Depreciar a sua moeda de fato faz com que seus produtos voltados para exportação se tornem mais baratos para os estrangeiros.  Porém, a depreciação da moeda também faz com que seja mais caro para você comprar bens importados.  O efeito mais imediato é tornar a sua balança comercial mais superavitária.  Um segundo efeito é a redução no investimento estrangeiro na sua economia -- afinal, ao repatriarem seus lucros, as multinacionais convertem moeda nacional em moeda estrangeir.  Se a tendência é de depreciação cambial, então qualquer investimento feito será mais arriscado, pois a conversão de moeda nacional em moeda estrangeira será cada vez mais cara. O terceiro efeito é que, se os bens que você exporta são produzidos com vários insumos (bens de capital como máquinas e ferramentas) importados, o efeito será um aumento nos seus custos de produção.  Sendo assim, os exportadores terão de pagar mais caro pelos insumos que importam e que utilizam para fabricar os produtos que pretendem vender aos estrangeiros. 

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