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A afirmação de que os trabalhadores recebem apenas uma fração daquilo que produzem significa essencialmente que os lucros são deduções dos salários. Nesse artigo vou apresentar a dedução e argumentar que, de acordo com a própria natureza das coisas, os trabalhadores não podem legitimamente requerer qualquer posse sobre os produtos de seu trabalho. Muito pelo contrário: os empreendedores e capitalistas é que podem. Ademais, são os salários é que são deduzidos dos lucros, e não os lucros que são deduzidos dos salários.
A proposição de que os salários são deduções dos lucros irá, muito certamente, parecer simplesmente inacreditável, quando não manifestamente errônea. Pois, afinal, quem trabalha nas indústrias e está envolvido na imediata criação de bens e serviços? Entretanto, o fato de que os trabalhadores estão envolvidos no processo de produção física não possui, virtualmente, nenhuma relevância quando o que se quer é aprofundar essa questão e tentar entender as interdependências econômicas que existem em um sistema econômico baseado na divisão do trabalho (capitalismo).
Se o capitalista decidir investir uma parte de sua receita, digamos, empregando um trabalhador e pagando a ele uma quantia definida de dinheiro -- em termos mensais, por exemplo --, então ele estará agora tendo custos empresariais. Seu investimento na forma de salários mensalmente pagos diminui regularmente a fração da receita que antes era considerada lucro -- ou seja, o salário pago diminui a diferença entre a receita da venda de produtos e os custos.
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