Até setembro deste ano, o governo petista concluiu apenas 11,3% do total de obras prometidas para serem entregues até 2014. No ritmo atual, dificilmente o governo cumprirá a promessa de entregar as construções até o fim do mandato da presidenta Dilma Rousseff. Numa visão otimista, o Planalto admite que, do total de obras, 26% não serão entregues até 2014.
Leiam o que informam Dimmi Amora e Gustavo Patu na edição desta quarta (23) da Folha de São Paulo. Cometários ilustrados logo abaixo.
Os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não contribuíram para a aceleração do crescimento econômico neste ano, segundo Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
A avaliação foi feita em cerimônia oficial que procurava transmitir justamente a imagem oposta: o segundo balanço oficial do PAC 2, a etapa do programa iniciada no governo Dilma Rousseff.
No comando da apresentação, a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, exibiu o tradicional rosário de cifras, gráficos e vídeos publicitários destinados a enaltecer os resultados obtidos.
O PAC 2 “tem sido determinante para a continuidade do crescimento sustentável da economia brasileira”, começava o calhamaço de 180 páginas distribuído aos presentes no Palácio Itamaraty.
“Em 2011, o PAC 2 também alcançou volume de pagamento do Orçamento Geral da União 22% superior em comparação com o mesmo período de 2010, ano de melhor desempenho do programa”, afirmava o material.
Ao lado da ministra, Barbosa, número dois na hierarquia da Fazenda, contou uma história diferente. “Houve vários ajustes e reprogramações nos programas do governo, no PAC, no Minha Casa, Minha Vida, e essas reprogramações proporcionaram investimento relativamente estável em relação a 2010.”
Questionado por jornalistas, foi mais explícito: “A manutenção do investimento do PAC no mesmo nível do ano passado significa que o PAC neste ano não contribuiu para acelerar o crescimento”.
Como a Folha noticiou na semana passada, os investimentos do PAC com recursos do Orçamento caíram 14% nos primeiros dez meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2010.
(…)
Para edulcorar os números, o balanço do PAC 2 incluiu, entre os desembolsos com recursos orçamentários, gastos do programa Minha Casa, Minha Vida, que não são investimentos e antes eram contabilizados à parte.
Houve outros expedientes para engordar as cifras, já utilizados em balanços anteriores, como a contabilização de financiamentos para a aquisição de imóveis usados, sem impacto na economia.
Íntegra aqui (para assinantes)
Comentário:
Poderíamos discorrer sobre as falácias do governo petista, e sua capacidade de enganar a população através da divulgação de números estratosféricos que quase ninguém tem a paciência e capacidade de atestar veracidade. Mas preferimos ilustrar este espaço destinado aos tradicionais comentários com um vídeo criado em 2010, mas que permanece atual por corroborar com tudo o que informa a notícia da Folha de São Paulo. Confiram:
Clique aqui para assistir o vídeo inserido.
E aí, precisa dizer mais alguma coisa?
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