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Publicado em: 27/06/2011 - 11:18
Meio Ambiente e Saneamento
Notícias
Cidade de São Paulo
Mesmo com investimentos, 33 bairros ainda despejam parte de seu esgoto
no rio, entre eles Morumbi, Vila Mariana e Ipiranga
Rodrigo Brancatelli - O Estado de S.Paulo
Na semana passada, mais de 300 pessoas confirmaram presença pelo
Facebook no "Mergulho no Tietê", um evento criado virtualmente pelos
internautas para servir de "ultimato para a despoluição do Rio Tietê e
seus afluentes". O protesto está marcado para às 15 horas de
quinta-feira, dia 12 de novembro... de 2021. Parece longe, muito longe,
mas na realidade essa espera de dez anos não é lá muito tempo perto das
décadas de promessas e investimentos desperdiçados na limpeza do Tietê.
Afinal, algum paulistano minimamente realista acredita que o rio mais
importante de São Paulo estará pronto para receber banhistas em um
futuro próximo? Tendo em vista que já foram gastos R$ 3 bi no
tratamento do Tietê, a resposta não parece ser muito otimista.
O rio que teve grande importância na história de São Paulo, permitindo
a interiorização da colonização, é desde 1970 uma lenta massa de água
fétida. Para se ter ideia, 33 bairros ainda despejam parte de seu
esgoto no rio, entre eles Morumbi, Vila Mariana e Ipiranga. Na Região
Metropolitana, 16 cidades apresentam o mesmo problema, enquanto na
Bacia do Tietê quase 250 prefeituras pouco investiram na proteção do
Tietê. É mais sujeira de esgoto do que água do rio, simples assim.
Para entender a dimensão de tantos entraves, o Estado conversou com
especialistas para apontar os gargalos e as boas ideias que já foram
adotadas por outras metrópoles. "O Tâmisa, em Londres, demorou décadas
para ser limpo, mas hoje ele tem vida", diz o engenheiro alemão Ralf
Steeg, articulador do programa de limpeza do Rio Spree, em Berlim. "É
possível revitalizar os rios urbanos, desde que haja vontade política.
É uma questão de melhorar a qualidade de vida da cidade." --
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/16409
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