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Digamos que eu me ofereça para lavar o seu carro. Por ter feito isso de maneira competente, você me paga $20. Ato contínuo, eu vou a uma mercearia e peço "Dê-me 1kg de carne e seis latas de cerveja que meus semelhantes produziram". Com efeito, o vendedor vai me perguntar, "Williams, você está pedindo aos seus semelhantes para que eles lhe sirvam. Você por acaso os serviu também?" E eu respondo, "Sim." E o vendedor emendará "Então prove!"
Nesse momento vou mostrar os $20 que obtive por ter servido meu semelhante. Podemos pensar nesses $20 como "certificados de performance". Eles representam a prova de que eu prestei serviços ao meu semelhante. O raciocínio em absolutamente nada mudaria caso eu fosse, por exemplo, um ortopedista com uma enorme clientela, ganhando $500.000 por ano por ter prestado serviços aos meus semelhantes. Ademais, tendo eu já lavado o carro do meu semelhante ou já curado sua fíbula fraturada, o que mais eu devo a ele ou a qualquer outra pessoa? Qual a justificativa de eu ser obrigado a distribuir meus ganhos para terceiros? Agora, se alguém quiser ser caridoso, isso é outro assunto, totalmente distinto.
Compare a moralidade de ter de servir o seu semelhante para poder ganhar uma fatia daquilo que ele produz com a (i)moralidade de receber dinheiro redistribuído pelo governo (seja via assistencialismo, funcionalismo público, ou grandes empresários que trabalham que recebem subsídios do governo). O que ocorre é que o governo simplesmente diz a esse povo: "Você não precisa servir o seu semelhante para adquirir uma fatia de tudo o que ele produz. Nós vamos confiscar parte do que ele produz e dar tudo para você. Apenas vote em mim".
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