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Custei a acreditar no que lia na VEJA Online. Estou acostumado a esperar as piores coisas de Fernando Haddad, mas, desta vez, talvez houvesse certo exagero. Ele não chegaria a tanto! Conseguiria o autoritarismo ser tão ousado??? Era tudo verdade. Leiam o que informa Nathalia Goulart. Volto em seguida:
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(…)
O edital do Enem 2011, publicado na edição desta segunda-feira no Diário Oficial da União, prevê que o candidato deve, “antes de iniciar a prova, verificar se seu caderno de questões contém algum defeito gráfico que impossibilite a resposta às questões”. Azar de quem não notar uma eventual falha: vai perder pontos na correção da prova. Por si só, o trecho já é explícito o suficiente sobre sua intenção. Acrescente-se, contudo, outra informação: ele não fazia parte do edital do Enem 2010. Ou seja, o acréscimo foi claramente motivado pelo problema ocorrido na última edição do exame e pretende garantir ao Inep uma espécie de “permissão para errar”, uma salvaguarda ao instituto que, responsável pela elaboração da avaliação, deveria garantir sua qualidade - o que inclui entregar ao aluno um exame digno de confiança.
“É natural que o examinador peça que o estudante confira seus dados pessoais, impressos na prova, ou oriente-o a checar se o cartão de respostas coincide com a prova recebida. Mas exigir que ele confira a qualidade gráfica da prova e o responsabilize por eventuais falhas que ele deixe de notar é lamentável”, afirma Alberto Nascimento, coordenador do curso Anglo de vestibulares. “Na ansiedade e no nervosismo típicos de um dia de vestibular, é provável que o jovem não note alterações como erros de impressão. Caso isso aconteça, diremos que a culpa é dele?”
Leia mais aqui.
Comento
E aí? O estudante que vai se submeter à prova terá a obrigação de fazer o trabalho que o MEC, então, se mostra incapaz de fazer. Nunca vi nada parecido. Aliás, acredito que ninguém tenha visto.
Atenção, leitor! Antes de entrar em um brinquedo num parque de diversões, faça uma inspeção no equipamento: se despencar a cadeira da roda gigante, se o assento do Chapéu Mexicano lançá-lo para a tonga da mironga do kabuletê, se a montanha russa enviá-lo para a Sibéria que o pariu, problema seu! Quem mandou não tomar cuidado, não verificar se havia parafuso solto, se não existia risco de curto-circuito no painel? Vai a um restaurante? Verifique antes se os ingredientes estão frescos, se as normas de higiene são seguidas, se a renovação da carga do extintor de incêndio está no prazo…
Haddad é um tipo de caráter sem cura porque seu norte moral é livrar-se de responsabilidades. Posts abaixo, noticiei aqui a sua reação ao veto de Dilma ao kit gay para as escolas. Como se ele próprio não tivesse endossado o material, tratou a questão como mera inadequação do produto elaborado sob sua supervisão aos objetivos estabelecidos pela presidente.
Cadê o Ministério Público? A exigência é estupidamente ilegal! Haddad está pedindo a estudantes, a maioria menor de idade, que abram conscientemente mão do direito de recorrer à Justiça caso sejam lesados pela incúria do poder público.
Encaminhar petições contra o Estado quando um direito é agravado é uma das garantias sagradas do estado democrático e de direito. Tão importante quanto a liberdade de expressão. Na Constituição Americana, por exemplo, compõe a famosa “Primeira Emenda”.
Tirem esse cara de circulação! Camisa-de-força nele! Ele enlouqueceu!
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