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O presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), Frederico Curado, afirmou nesta quarta-feira (25) que a empresa vai manter as 4.200 demissões anunciadas na semana passada. O total de funcionários dispensados equivale a 20% do quadro da empresa. Ele, no entanto, descartou novas demissões.
Curado reuniu-se hoje com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, e destacou que as demissões são uma consequência direta da crise econômica mundial. Conforme explicou, o número de pedidos internacionais para a fabricação de aviões diminuiu bastante em virtude da turbulência no sistema financeiro do planeta. "As encomendas e o nível de produção, queda de 30%, vai demorar dois, três anos para ser recuperado”, afirmou.
O presidente da Embraer argumentou que alternativas às demissões, como férias coletivas, por exemplo, não foram adotados uma vez que a duração da crise ainda é uma incógnita.
Contudo, Curado revelou que a empresa manterá o plano de saúde dos funcionários demitidos. Segundo o executivo, o presidente Lula pediu que a Embraer preste apoio aos trabalhadores dispensados.
Além de Lula, também participam da reunião com o presidente da Embraer os ministros Guido Mantega (Fazenda), Miguel Jorge (Desenvolvimento) e Dilma Rousseff (Casa Civil); além do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
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