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Segundo Keynes, os comunistas teriam transcendido o "egoísmo materialista", possibilitando "uma mudança sincera na atitude predominante com relação ao dinheiro. ... Uma sociedade na qual isso seja verdadeiro, mesmo que parcialmente, é uma tremenda inovação": "na Rússia do futuro, o que se pretende é que um jovem respeitável nem sequer chegue a cogitar uma carreira rendosa como uma possível oportunidade, assim como qualquer jovem respeitável não cogitaria jamais seguir a carreira de ladrão de casaca ou mesmo desenvolver habilidades em falsificação ou desfalque. ... É dever de todos trabalhar em prol da comunidade -- assim decreta a nova doutrina -- e, aquele que cumprir com suas obrigações, dela terá apoio".
Keynes desmancha-se em elogios ao desejo dos soviéticos de se dedicar a audaciosos "experimentos" de engenharia social. Na Rússia, "o método de tentativa e erro é adotado sem reservas. Nunca houve ninguém mais francamente experimentador do que Lênin". Quanto às falhas catastróficas dos "experimentos" implementados ainda nos primeiros anos do governo bolchevique, que haviam obrigado uma substituição do "comunismo de guerra" pelo sistema então vigente, da Nova Política Econômica (NEP), Keynes descreveu-as em termos totalmente anódinos: os "erros" anteriores haviam sido corrigidos e as "confusões", dissipadas.
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