URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1283
Não mais do que 15 anos atrás, 23 dos 25 estados do Brasil possuíam seu próprio banco. Fundados após a Primeira Guerra Mundial e ao longo de todo o século XX, sob o pretexto de fornecer financiamentos de longo prazo sempre que os bancos privados se recusassem a emprestar (ou fossem incapazes de conceder crédito em decorrência da alta inflação de preços ou do excessivo volume de crédito tomado pelos governos), estes bancos acabaram gerando severas atribulações fiscais e monetárias para o país. O Banespa, no estado de São Paulo; o BANERJ, no estado do Rio de Janeiro; o Baneb, na Bahia; o Credireal, em Minas Gerais; e o Banestado, no Paraná, são apenas uma amostra destas instituições financeiras estatais. Os mais velhos certamente se lembram bem destes nomes infames.
Na teoria, todos estes bancos tinham o objetivo de gerar desenvolvimento para suas respectivas regiões. Na prática, a realidade foi totalmente diferente. Quantidades infinitas de empréstimos eram feitas para seus acionistas controladores -- os próprios governos estaduais -- sempre que as receitas de impostos se mostravam insuficientes para cobrir os gastos públicos. As várias empresas estaduais nos setores de telefonia, água e esgoto, rodoviário e de transporte também eram agraciadas com crédito destes bancos estaduais. Como era de se esperar, estes empréstimos frequentemente não eram quitados. Porém, o "risco de crédito" dos governos estaduais permanecia inalterado. Empréstimos adicionais iam sendo concedidos à medida que os antigos eram ou renegociados ou simplesmente cancelados.
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