José Nelson de Araújo Santos, por desvio de verbas de merenda escolar.
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O eleitor argentino pode ver e conferir
o conteúdo do registro digital do seu voto
antes de deixar o local de votação.
O eleitor brasileiro não pode!
No Brasil, o voto é secreto até para o próprio eleitor.
Eu sei em quem votei. Eles Também.
Mas só eles sabem quem recebeu meu voto
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Quem confia é no mínimo ignorante.
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Continuando a "caridade petista" pois de fato somos um país
riquíssimo e sem problemas e podemos nos dar ao luxo de gastar com os
outros... Brasileiro, continue trabalhando 5 meses por ano para pagar
impostos... otário.
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Dilma dirá que foi "barbárie"?
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Se você tem adversários pessoais ou políticos e quer acusá-los de assassinato e ocultação de cadáver, pode fazer a lista de nomes e mandar para o Portal Terra. Eles lá publicam a acusação mesmo sem haver a menor evidência. Quer dizer, não sei… Só se for coisa contra os petistas, acho que não… Publico em vermelho trechos de uma reportagem desse Portal. Volto em seguida:
*
As ONGs Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e Justiça Global divulgaram na tarde desta quinta-feira os nomes de cinco pessoas supostamente desaparecidas durante a reintegração de posse no bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo. De acordo com as organizações, um menino de 8 anos, um idoso e uma família de três pessoas teriam desaparecido. O comandante da Polícia Militar no Estado afirmou considerar “muito difícil” o sumiço de pessoas na ação.
(…)
O menino desaparecido seria Matheus da Silva, que de acordo com o relato de moradores entrou em estado de choque quando a PM invadiu a área. Sua família relatou que policiais teriam levado o menor para atendimento médico e, desde então, não se saberia mais notícias do garoto. Pedro Ivo Teles dos Santos, 75 anos, teria sido espancado pela PM e levado para um posto de saúde. Quem relatou foi a ex-mulher de Pedro Ivo, que desde então não tem qualquer informação sobre ele.
A família que teria desaparecido seria composta por Gilmara Costa do Espírito Santo, seu marido identificado apenas como “Beto” e o filho, Lucas. O advogado dos despejados diz que a busca vai abranger um raio de 100 km da ação policial. “Vamos solicitar registros de ocorrências em todas as cidades num raio de 100 km de distância de São José dos Campos. Se essas pessoas não aparecerem num prazo de 48 horas, vamos exigir que as autoridades sejam responsabilizadas”, disse Aristeu Pinto Neto.
Volto com a verdade
1) O Menino Matheus da Silva - Está internado no Hospital Municipal de São José dos Campos. Teve uma crise de apendicite e foi operado no dia 26 de janeiro.
2) Gilmara Costa do Espírito Santos, marido e filho - A família está hospedada, sã e salva, em casa de parentes, no bairro Satélite.
3) Pedro Ivo Teles dos Santos - Ainda não foi localizado, mas a Prefeitura e Polícia têm em mãos uma entrevista concedida por ele ao jornal “O Vale” depois da desocupação do Pinheirinho. Como morto não fala… O texto está aqui. NESSE CASO, FAÇO UM ALERTA À SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA!
Um dia antes da operação do Pinheirinho, Pedro Ivo fez um BO acusando a perda de documentos. Como os facinorosos estão doidos para arranjar um cadáver e como a tramóia foi desmoralizada, nada impede que dêem o jeito de arrumar um suposto “Pedro Ivo” morto.
De novo, Aristeu
Vejam lá o último nome em destaque no texto do Terra. É o tal Aristeu, o advogado do Movimento dos Sem Teto que denunciou as mortes à Agência Brasil, o que rendeu reportagem. Como se vê, ele não muda de tática. Viram? Se as pessoas não aparecessem em 48 horas, ele anunciava: “Vamos exigir que as autoridades sejam responsabilizadas”.
Nas democracias, só existem “provas positivas”, nunca “provas negativas”, o que é típico das tiranias. Se eu digo que o Fulano é ladrão, tenho de exibir a prova positiva de que é ladrão. Ele, obviamente, não pode ser obrigado a provar que não é.
A tanto os meliantes morais obrigaram a Prefeitura de São José dos Campos e a Polícia: a provar que NÃO FIZERAM. Por esse método, vejam que espetáculo, eles podem apresentar uma lista infinda de nomes, e as autoridades que corram atrás. Atenção! SE UMA PESSOA NÃO APARECER PORQUE VIAJOU OU SEI LÁ O QUÊ, ENTÃO ELES CHAMARÃO ISSO DE PROVA!!! Vale dizer: a prova de que existe um morto é não existir o morto.
Diz a minha fonte em São José que duas outras pessoas também dadas como “mortas” — não estão na lista do Terra — foram igualmente encontradas. Não se esqueçam: isso começou quando a Agência Brasil, do governo federal e sustentada por todos os brasileiros (de todos os estados, de todos os partidos, além dos sem-partido), conferiu credibilidade a mentirosos delirantes.
Mais uma vez, evidencia-se uma tese antiga deste escriba: um esquerdista, mesmo diante da prova de culpa, será sempre inocente; um não-esquerdista, mesmo se inocente, terá de provar que não é culpado. Essa é a democracia deles!
URL: http://feedproxy.google.com/~r/ReinaldoAzevedo/~3/l3wBqvLkcVM/
A canalha não desistiu e ficou insistindo que havia “mortos” no Pinheirinho. Ainda agora há vagabundos e vagabundas sustentando essa mentira! Fizeram até a lista dos nomes! Todas as pessoas foram encontradas e passam bem!
Conto a história em detalhes daqui a pouco! O que está em curso é inédito na história das democracias. É a máquina petista de difamação agindo em conluio com o subjornalismo.
URL: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/divida-publica-cresce-10-em-2011-e-atinge-r-1-866-tri
O crescimento na DPF foi puxado pela dívida mobiliária (em títulos) interna, que passou de R$ 1,603 trilhão em dezembro de 2010 para R$ 1,783 trilhão em dezembro de 2011
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URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1208
O FBI e o Departamento de Justiça, agindo de maneira completamente autônoma, fecharam o site MegaUpload.com, o maior dos sites de compartilhamento de arquivos da internet, e prenderam seus principais responsáveis. O site foi confiscado pelo governo americano e sua homepage foi convertida em um alerta antipirataria criado pelo FBI. Seu fundador, um empreendedor chamado Kim Dotcom (sim, ele legalmente alterou seu nome), foi preso na Nova Zelândia após suas propriedades terem sido atacadas e seus ativos, confiscados. O FBI ainda está à procura de três outras pessoas também responsáveis pelo site. Para todas elas foi emitido um mandado de extradição e uma condenação de 20 anos de prisão.
E qual foi o grave crime cometido por essas pessoas? O site MegaUpload foi acusado de incitar a violação de direitos autorais -- isto é, permitir a criação de cópias de ideias que foram expressadas na mídia. Nenhuma violência, nenhuma fraude, nenhuma iniciação de força, nenhuma vítima (mas vários magnatas corporativos alegando, sem nenhuma prova, que seus lucros estão menores em decorrência desta prática de compartilhamento de arquivos).
O MegaUpload possuía milhões de usuários plenamente satisfeitos. Ele era o 71º mais popular website do mundo. Apenas 2% de seu tráfego era oriundo de motores de busca, o que significa que a base de seus clientes era totalmente leal e havia sido conquistada por meio do trabalho duro e do espírito empreendedor dos proprietários do site. Para os usuários, tratava-se de um serviço totalmente legítimo. Para os proprietários, os lucros eram duramente adquiridos por meio de anúncios publicitários.
URL: http://www.implicante.org/blog/todas-as-mentiras-sobre-haddad-o-candidato-superfaturado/
Seja qual for o critério usado pela cúpula petista na escolha de seus candidatos a cargos majoritários, a competência, definitivamente, não é uma delas. Vejam o caso de Fernando Haddad, ministro que acaba de deixar o cargo para representar o PT na disputa à prefeitura de São Paulo. Ao longo dos 7 anos em que comandou o MEC, Haddad bagunçou o sistema educacional. Sob o petista, os indicadores praticamente estagnaram, e o Brasil amarga hoje uma vergonhosa 88ª posição no ranking mundial da educação, de acordo com relatório da Unesco publicado em 2011.
Criticado por estudantes Brasil afora, sobretudo pelos sucessivos problemas na realização das provas do Enem (Exame Nacional de Cursos), Fernando Haddad recebeu as credenciais do PT (leia-se: Lula) para disputar à vaga de prefeito da maior cidade do país, São Paulo. Por quê? Não se sabe. Talvez Lula atribua a dificuldade de emplacar um nome em São Paulo à barba e (ou) bigode de alguns dos demais postulantes; como se a embalagem pudesse suprir a carência de conteúdo. Como a repaginada de Dilma "deu certo", ao menos eleitoralmente, Lula acredita agora que poderá passar a conversa nos paulistanos.
Para tentar separar a realidade da ficção, reunimos alguns dos principais embustes aplicados pela turma que defende a candidatura Haddad. Todas as informações do texto estão disponíveis para consulta nos órgãos de estatística do governo federal.
Uma das maiores "realizações" atribuidas a Fernando Haddad foi a "universalização do acesso ao ensino médio", o que é uma mentira. O processo foi iniciado, de fato, em 1998, na gestão de Paulo Renato, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Em 1996, foi sancionada a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Dois anos depois, em janeiro de 1998, o FUNDEF foi implantado nacionalmente, quando passou a vigorar a nova sistemática de redistribuição dos recursos destinados ao Ensino Fundamental.
A maior inovação do FUNDEF consistiu na mudança do sistema de financiamento do Ensino Fundamental no país (1ª a 8ª séries do antigo 1º grau), ao subvincular a esse nível de ensino uma parcela dos recursos constitucionalmente destinados à Educação.
O FUNDEF, iniciado no governo FHC, originou o FUNDEB ( Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O princípio é exatamente o mesmo, o que mudou foi, basicamente, a nomenclatura, já que o "Fundamental" foi substituído por "Básico", além do percentual de recursos destinados.
O PT sempre se opôs a criação do Fundo. A alegação é que ele estaria, vejam vocês, privilegiando o ensino básico em detrimento do ensino superior. Convenhamos, no começo da década de 90, 20,1% da população não sabia ler, nem escrever. É natural que o governo concentrasse esforços e recursos para resolver esse problema. O empenho resultou na redução da taxa de analfabetismo. Em 2000, o número de analfabetos caiu para 13,6%.
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É comum que tucanos e petistas reivindiquem a autoria dos programas de transferência de renda. Afinal, trata-se de um ativo eleitoral muito forte. Não entraremos aqui na discussão sobre quem "criou" os programas que originaram o bolsa isso, bolsa aquilo. Concentremo-nos unicamente nos fatos que podem ser comprovados.
Durante a gestão Fernando Henrique, já existiam programas do gênero em algumas cidades do Brasil. O "ineditismo" do governo tucano foi a federalização. Pela primeira vez, um programa de transferência de renda foi instituído em todo o país. E o que é mais importante, os mecanismos de distribuição servem de base para tudo que foi feito nesse sentido, até hoje.
Lançado em 2001 pelo então ministro da educação, Paulo Renato, o Bolsa Escola tinha como objetivo pagar uma bolsa à famílias de baixa renda, com crianças em idade escolar. O repasse de recursos estava condicionada à frequência do aluno beneficiado.
O Bolsa Escola impressiona, até hoje, pela rapidez com que atingiu seus objetivos. Iniciado quando faltava um ano e meio para o fim do governo FHC, o programa tinha como meta pular de irrisórias 15 mil famílias, para 5,8 milhões, em apenas 18 meses. Em seis, o Bolsa Escola já havia beneficiado 4,8 milhões de famílias.
Então presidente do PT, Lula considerava o programa assistencialista, e chegou a apelidá-lo de "Bolsa Esmola". Assim que assumiu, Lula mudou o nome do Bolsa Escola para "Bolsa Família", e acabou com a contrapartida da frequência escolar. Depois de várias críticas, o governo voltou atrás e decidiu manter o mesmo condicionante instituído pelo Bolsa Escola. Na prática, essa exigência não vem sendo cumprida já que a fiscalização é falha. Muitas famílias que desrespeitam a orientação de manter os seus filhos matriculados na escola continuam a receber o benefício. Pra se ter uma ideia do absurdo, só no ano passado, cerca de dois milhões de crianças contempladas com o Bolsa Família estavam fora da escola.
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Outra lorota contada pela turma petista está relacionada à criação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Ao contrário do que muitos pensam, o exame foi instituído pelo ministro Paulo Renato, e não por Fernando Haddad. O petista se encarregou de desmoralizar o exame ao transformá-lo em um imenso vestibular, sob o pretexto de acabar justamente com o processo de seleção por meio de vestibulares. É ou não um prodígio?
O objetivo original do Enem, instituído em 1998, era o de avaliar a qualidade geral do ensino médio no país. Ao contrário do que é hoje, o exame não pretendia acabar com o vestibular das universidades, mas avaliar as instituições do ensino, e com esses dados, subsidiar uma reforma no ensino médio (2° Grau).
Para os petistas, o exame seria o primeiro passo para a privatização do ensino, uma vez que serviria para atestar a ineficiência das instituições públicas. Outra reclamação recorrente era quanto aos valores gastos para a execução das provas, considerado muito alto. Hoje, a cada edição do exame, a incompetência de Fernando Haddad provoca um rombo de milhões nos cofres públicos.
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Algumas fórmulas aplicadas na década de 90 caducaram, pois destinavam-se a corrigir problemas específicos daquela época. Outras funcionariam até hoje não fosse a ineficiência de gestão. E aí é que está o problema da atual administração. O receituário usado para resolver novos problemas é o mesmo herdado do governo tucano. E quando decidem implantar algo novo, recorrem a cópia de programas dos adversários. O Pronatec (Protec) e o Rede Cegonha (Mãe Curitibana, Mãe Paulistana) são dois exemplos de iniciativas tucanas, copiadas pelo PT. O fato de ser cópia seria irrelevante caso essas medidas funcionassem, o que não ocorre devido a notória incapacidade que os quadros do PT têm em administrar projetos.
Pra não sermos totalmente injustos, o governo petista já lançou alguns programas "originais", concebidos pelos 'notáveis' do partido. Na área da educação, só para não fugir do tema, foi lançado por Lula, em 2003, o "Brasil Alfabetizado". Conseguem adivinhar qual o destino dele? O programa foi completamente abandonado pelo governo que jogou a responsabilidade para os estados e municípios. Isso sem antes, claro, despejar milhões nos cofres de ONGs.
Até o ProUni, um dos poucos programas iniciados na administração petista que obtém algum resultado, fica pra trás quando comparado aos resultados obtidos durante o período em que os tucanos estiveram à frente do governo federal. E olhem que lá se vão 10 anos, e naquele período o governo não arrecadava tanto em impostos como agora. No governo Fernando Henrique, o número de matrículas no ensino superior subiu 109,5%. Na gestão petista, 45,98%.
Se formos avançar para outras áreas, poderiamos mencionar o "Fome Zero", que fracassou; e, mais recentemente, o "Brasil sem Miséria", que não tem “miséria” só no nome, mas também na concepção, e – ao que tudo indica – terá o mesmo destino do Fome Zero.
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Abaixo reunimos alguns números que demonstram a mediocridade do pré-candidato petista. Lembramos que esses dados são oficiais e podem ser consultados nos links logo abaixo de cada item.
Índice de Analfabetismo (brasileiros a partir de 15 anos)
FHC (1995*/2002) – de 15,57% para 11,87% - queda de 3,7%
Lula (2002/2009) – de 11,87% para 9,7 % – queda de 2,17%
Fonte: IBGE
Índice de Evasão Escolar (alunos de 15 a 17 anos fora da escola)
FHC (1995*/2002) – de 33,41% para 18,53% - queda de 3,7%
Lula (2002/2007) – de 18,53% para 17,65 % – queda de 0,88%
Fonte: IBGE
Acesso ao Ensino Superior
Matrículas em Instituições Federais
FHC (1995*/2002) – de 367.531 para 531.634 - aumento de 44,65%
Lula (2002/2008) – de 531.634 para 643.401 – aumento de 20,97%
Total de matrículas em Instituições de Ensino Superior (Públicas + Privadas)
FHC (1995*/2002) – de 1.661.034 para 3.479.913 - aumento de 109,50%
Lula (2002/2008) – de 3.479.913 para 5.080.056 – aumento de 45,98%
Fonte: Inep* Em 1994, durante o último ano do governo Itamar Franco, não houve levantamento, portanto utilizamos os dados de 1995, primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso.
Caminhamos para o encerramento e ainda nem citamos os vazamentos no Enem, as controvérsias nas correções de provas, as demissões no Sisu – provocadas pela exposição de dados sigilosos de alunos -, a precariedade do material didático, os ridículos resultados obtidos por instituições públicas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), e as constantes batalhas judiciais enfrentadas pelo MEC.
Já que seria praticamente impossível elencar a série de escândalos que marcaram a gestão Haddad em um único texto, relatamos um último episódio protagonizado pelo agora ex-ministro, e que sintetiza toda a sua irresponsabilidade: Faltando poucos dias para deixar o ministério da Educação nas mãos do "aloprado" Mercadante, Fernando Haddad decidiu cancelar o Enem que seria realizado em abril. A decisão acabou deixando alunos e professores na mão, mais uma vez.
Este é o candidato que Lula e o PT querem para governar São Paulo.
Leia também:
Reportagem da Folha.com (grifos nossos):
Quem conhece as duas de perto costuma dizer que a engenheira Maria das Graças Silva Foster, 58, é um “clone” da presidente Dilma Rousseff. A diretora de Gás e Energia da estatal substituirá José Sergio Gabrielli na presidência da empresa.
Rígida e extremamente exigente, assim como Dilma, Graça, como gosta de ser chamada, tem fama de agressiva no trato com sua equipe. São uma espécie de “criador e criatura”, dizem.
Por causa dessa fama de difícil no trato, no começo do governo Dilma havia na Petrobras uma torcida para que seu destino fosse um ministério em Brasília –ela foi cogitada para a Casa Civil– e não a presidência da estatal, o que se consumou só agora.
Nessa época surgiram as informações de que a empresa do marido de Graça multiplicou os contratos com a Petrobras a partir de 2007, ano em que a engenheira ganhou cargo de direção na estatal.
De 2007 a 2010, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos à estatal. Entre 2005 e 2007, apenas um havia sido firmado.
Em nota, a Petrobras informou que não firmou contratos com a empresa de Colin Foster, marido de Graça, mas fez “pequenas compras de componentes”, entre 2005 e 2010. Não informou, no entanto, o valor total das compras.
Segundo a Petrobras, houve dispensa de licitação em 20 delas por terem valores abaixo de R$ 10 mil. Nenhuma das compras, afirma a nota, foi feita por alguma área vinculada à diretoria de Gás e Energia.
PRIMEIRA MULHER
Primeira mulher a ocupar uma diretoria da Petrobras e a ser indicada para assumir a presidência da companhia, Graça Foster é funcionária de carreira. Começou como estagiária em 1978 e ocupou cargos gerenciais na estatal antes do governo Lula (2003-2010).
Mas foi pelas mãos da então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, que, no começo de 2003, trocou o Rio de Janeiro por Brasília e começou a alçar voos maiores na sua trajetória profissional.
A aproximação profissional ocorreu quando Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul (1999-2002) e ambas tratavam sobre o gasoduto Bolívia-Brasil. A então secretária queria um ramal adicional do duto para atender ao sul do Estado, mas ouviu um não como resposta da então gerente da estatal.
Nem por isso, a amizade deixou de prosperar. Graça filiou-se ao PT e engajou-se na campanha de Dilma à presidência. Tem três estrelas tatuadas no antebraço esquerdo, duas delas vermelhas.
No período em que Dilma esteve no Ministério de Minas e Energia, Graça Foster foi secretária de Petróleo e Gás. De volta ao Rio de Janeiro, em 2005, dirigiu as subsidiárias Petroquisa e a BR Distribuidora.
Em setembro de 2007, ao sóbrio e desejado 23º andar do Edifício Sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro, onde estão as salas dos diretores. Agora, só mudará para uma sala mais ampla, a da presidência da maior empresa do país.
(…)
A matéria segue descrevendo o estilo “durão”, “intransigente” e “eficaz” de Maria das Graças Foster. Já vimos esse filme antes…
Leia também:
URL: http://www.implicante.org/blog/pinheirinho-e-a-torcida-pela-morte/
Não se tinha ainda informação alguma, mas os militantes do tuíter já emplacavam uma hashtag sobre a reintegração de posse do Pinheirinho, em SCJ. Cravaram, mesmo sem informação, o #MASSACREPINHEIRINHO – em seguida rolando uma espécie de bingo/bolão de cadáveres. Chegou-se a um consenso-do-chute: sete mortos.
Um cartunista-de-ocasião providenciou charge com sangue escorrendo de um plano do desenho representado pelos antigos ocupadores da favela. Militantes pediam intervenção da OEA, ONU, Tribunal de Haia (juro), entre outras entidades.
Os discursos eram inflamados a respeito disso. Nazismo! Fascismo! Neoliberalismo! Gritavam em letras de forma, todos muito preocupados com as vidas humanas supostamente perdidas e, claro, jamais interessados na disputa política paralela a isso. São apenas humanistas, ora!
Mas então, a verdade: não morreu ninguém. E daí todos comemoraram? Ficaram felizes e aliviados, cantando a alegria de não ter havido qualquer óbito? Não. Nada. A reação a isso foi um silêncio nada sorridente, com direito a gente soltando os já famosos "vamos esperar" ou variações do primoroso "podem ter escondido isso".
Não, não esconderam nada, e já se aguardou mais que o suficiente: não morreu ninguém. Nada. Não há os sete nem cinco nem meio morto por conta da reintegração de posse. A raiva mal engolida dos que apostavam numa chacina pode ser por conta de terem falado uma bobagem irresponsável, então desmentida, ou por ter perdido uma chance eleitoral. Difícil saber o motivo, mas também impossível não perceber que a grande maioria da militância ficou contrariada pela falta de mortos.
E então, surge o Dr. Aristeu Pinto Neto, advogado, que falaria "em nome da OAB". O que ele disse: há/havia mortos, inclusive crianças – fariam uma busca pelo IML ou algo assim. As declarações foram veiculadas pela TV Brasil, subordinada à EBC, aquela nossa velha conhecida que contrata a preço de ouro gente de material não tão nobre.
UOL e Terra repercutiram a notícia e… PRONTO! O silêncio aborrecido da maioria da militância deu vez novamente à gritaria sobre os mortos, mais ou menos como houve lá nas especulações no início da ação. Uma preocupação absurda, como houve em relação às mortes não havidas, nesse momento renascia com o mesmo grau de indignação e solidariedade.
Mas… Pois, é, de novo foi um engano.
O tal "representante da OAB" é, na verdade, advogado dos líderes da ocupação (valendo lembrar que as primeiras “mortes”, inclusive o tal número mágico 7, foram divulgadas por perfis de tuíter também ligados às lideranças dos que ocupavam o Pinheirinho). A própria OAB se manifestou sobre isso, desautorizando o advogado da parte a falar em seu nome (como publicaram EBC/TV Brasil, UOL e Terra). Vejam aqui.
Todos então passaram a comemorar que mais uma vez ninguém faleceu? Não, nada. Voltaram ao silêncio macambúzio militante diante da não-chacina.
Quem sabe amanhã ou depois alguém não lhes devolva a euforia com algum novo boato? Não custa ter esperança.
ps. – o líder do Pinheirinho é o sr. que atende por Marrom. Aqui e aqui há notícias sobre ele, que segundo as reportagens não mora nem relativamente próximo ao acampamento (mas sim no Morumbi) e recebe grana de um sindicato ligado ao PSTU – com direito a um integrante de tal partido dizer que é normal, desse modo, levar gente do Pinheirinho para fazer número em suas manifestações. É esse tipo de gente, afinal, que mais prejudica as reinvindicações dos que realmente sofrem, pois precisam das pessoas sofridas para fazer seu lobby ideológico – e, claro, há o fator financeiro que não pode ser esquecido.
Leia também:
URL: http://www.implicante.org/blog/dossie-do-dossie-o-metodo-amaury-de-narrar-lorotas/
Na semana passada, demonstramos de forma clara que o livro do Amaury é repleto de mentiras, sendo estas depois desdobradas em "mentiras acessórias" e assim por diante. Expusemos algumas, as principais.
Agora, passado o conteúdo, falaremos da FORMA. A maneira do autor misturar indivíduos e assuntos, acusar, ligar pessoas sem ligação e assim por diante.
Amaury usa duas táticas numa mesma estratégia: ataca alguns conceitos por meio de seus argumentos e também dá exemplos ruins para em seguida generalizar.
As empresas Offshore são objeto de cinquenta e sete páginas, demonizando-as e tratando como algo maligno ao mesmo tempo em que generaliza dizendo que todas são lavanderias financeiras.
Nem uma coisa, nem outra. Como já dissemos, é algo lícito, legítimo e normal. Petrobras e Banco do Brasil, entre muitas outras companhias, têm também suas Offshore, respectivamente Petrobras International Finance Co e American Merchant Bank – ambas em Cayman.
Nessas várias páginas, Amaury enche linguiça falando de Lalau, Maluf, Ricardo Teixeira, entre tantos outros. Em seguida, menciona seus "acusados" pelo livro, obviamente sem qualquer vínculo com quaisquer dos citados anteriormente. Truque barato.
Falaremos mais adiante, aliás, de como Amaury tenta embaralhar a cabeça do leitor por meio de vínculos inexistentes – mas que ele tenta demonstrar usando argumentos contraditórios entre si.
O mesmo método é usado ao tratar das privatizações. O autor emite um sem-número de juízos de valor, todos eles sem qualquer embasamento. Aquela coisa de "dilapidar patrimônio", tal e coisa. Para que o livro cumpra sua função, é PRECISO que o leitor acredite nas privatizações como algo essencialmente ruim.
Esses dois truquezinhos (demonizar conceitos e generalizar por meio de exemplos ruins) são a base sobre a qual o autor constrói sua estrutura narrativa. Mas há um outro pilar importante: associar pessoas sem base em fatos.
E acerca de offshores e afins, há um exemplo claro, objetivo e bem elucidativo, mas curiosamente omitido, que mostra o uso de contas em paraísos fiscais para finalidades heterodoxas: em agosto de 2005, Duda Mendonça declarou à CPI do Mensalão ter recebido grana da campanha petista de 2002, por meio de contas no Caribe. Amaury não trata do tema. Nem seus entusiastas…
Amaury tem uma personagem principal: Ricardo Sérgio, que figura com exclusividade das páginas 61 até 164 (lembrando que as anteriores servem para enrolação e as últimas para tentar fazer de conta que não houve a quebra de sigilo investigada pela PF e nem as atividades do “bunker de inteligência” da campanha de Dilma, do qual participou). Como o objetivo do livro é atacar Serra, ele precisa ligar os dois. E aí se enrola.
A única ligação entre ambos é o fato de que, em 1994, Ricardo Sérgio foi tesoureiro de campanhas tucanas. Ele também o foi em 1990 (FHC, Senado) e 1998 (FHC, Presidência). Não há qualquer outra ligação entre ele e Serra. Nada. Nenhuma. O acusado teve até mesmo ligações telefônicas gravadas com ministros de FHC e divulgadas à época, nenhuma com Serra. Nenhuma com familiares de quem ele tenta atacar indiretamente.
Daí, entra um pouco de criatividade, muita má-fé e aquela esperança de que o leitor talvez não acredite, mas endosse por simpatia ideológico-partidária.
É o caso de alegar LIGAÇÃO entre pessoas porque ambas utilizaram os serviços da Citco (há até foto da fachada do banco, para dar uma "documentada" na coisa). Já mostramos aqui: a CITCO existe há mais de 75 anos, tem mais de 5 mil funcionários e está presente em 44 países.
Dizer que duas pessoas estão "ligadas" pelo fato de serem clientes de uma das maiores administradoras de fundos de investimentos do mundo, com mais de 640 bilhões de dólares em ativos sob sua administração, convenhamos, é o mesmo que apontar ligação entre dois indivíduos que fazem compras na mesma cadeia de supermercados.
Mas Amaury não para. Além de tentar vincular pessoas por serem clientes de uma mesma instituição, ainda que ela esteja em dezenas de países e seja uma das líderes de seu setor, ele usa uma outra "evidência": salas no mesmo prédio. É sério (quer dizer, não é sério no sentido exato, mas ele REALMENTE usa isso como argumento).
Leiam esse trecho do livro, pág. 189:
…administrado por um grupo do qual recebe também seu endereço: o fundo Mellon Brascan DTVM (ou BNY Mellon Serviços), que funciona no prédio do Banco Opportunity, na Avenida Alvarenga Peixoto, no Rio. E, por mais uma coincidência neste mundo crivado de coincidências, o fundo é transferido ao controle da construtora João Fortes Engenharia" (grifos nossos)
É um "clássico" Amaury, porque tem mentira, desinformação e "evidência" tosca para justificar ligações. Vamos ao prédio: fica na rua Presidente Wilson (Alvarenga Peixoto é uma rua em Vigário Geral, podem procurar no Google Maps). Nesse prédio – o correto, da Pres. Wilson – evidentemente funcionam várias empresas, sem que isso obviamente configure ligação de qualquer gênero. Entre outras, lá estão Bradesco, Reuters, Deloitte, Banco Cruzeiro do Sul e assim por diante. Uma senhora conspiração, não é mesmo?
A "acusação", que já se torna patética, é fundamentada numa falta de informação (burrice ou ma-fé, escolham): TODO FUNDO DE INVESTIMENTO, pela lei, deve ser controlado por uma instituição financeira (no caso, a Mellon, que administra judicialmente e é agente responsável pela oferta de títulos no mercado internacional de capitais da Petrobras).
Como o fundo DEVE ser controlado por uma instituição, o endereço é o… DA INSTITUIÇÃO, cuja sede brasileira fica num prédio no Rio de Janeiro, o mesmo do Bradesco etc., e também do banco Opportunity. E, acreditem ou não, a coisa ainda piora.
Amaury só é Amaury por ser Amaury, de modo que também há uma invenção nesse mesmo parágrafo (notem que já se estabelece um recorde em apenas cinco linhas): o GIGANTESCO BANCO (e não fundo) Mellon nunca foi (e nem poderia) ser adquirido pela construtora João Fortes.
Qual o motivo do cara falar uma bobagem desse tamanho? Além de confiar no fato de quase todos os leitores não terem informações técnicas, também porque a construtora João Fortes era de um deputado tucano. Detalhe: era, pois foi vendida em 2007.
Pessoas teriam "ligações" por serem clientes de empresas gigantes, presentes em dezenas de países, ou então apenas porque há escritórios num mesmo prédio. Esse é o Amaury. Aclamado como ESPECIALISTA…
Passada essa falta total de ligação entre a personagem principal do livro e seu principal acusado político, há ainda disparidades impressionantes. Amaury passa boa parte do livro chamando Ricardo Sérgio de "ex-tesoureiro de Serra e FHC".
Isso lembra o ano de 2002, quando a Folha de São Paulo (mídia má…) divulgou que haveria ligação entre Serra e Ricardo Sérgio (tesouraria de uma campanha, em 1994). Na época, eu era petista (mea culpa…) e, claro, achei aquilo tudo um absurdo.
Ocorre que, depois dessa campanha de 1994, não há QUALQUER vínculo entre Ricardo Sérgio e Serra. Nada. Nenhuma ligação, nenhum encontro, nenhum "documento" (mesmo esses entre aspas, Amaury Style). Nada vezes nada.
FHC o nomeou para uma diretoria do BB, sem qualquer interferência de Serra. Ministros foram flagrados em ligações telefônicas, mas não quem o autor tenta vincular a Ricardo Sérgio. E há ainda um trecho interessante: apesar de afirmar que Ricardo Sérgio seria amigo de Clóvis Carvalho e Mendonça de Barros, o autor o chama de, entre outras coisas, "homem de Serra" – mas ao mesmo tempo diz que ele arrecadou dinheiro para as campanhas de 1994 e 1998 de FHC.
E mais:
Foi o único diretor do BB não indicado pelo presidente do banco, Paulo César Ximenes, e também o único com acesso a FHC." (pág. 84 e grifos nossos)
Acesso direto ao Presidente da República, ligações telefônicas com ministros ligados às privatizações. São essas as "acusações" apresentadas por Amaury e que o fazem concluir que Ricardo Sérgio seria… "homem de Serra".
Taí a óbvia intenção de ataque político do livro.
Sobre outras ligações de Ricardo Sérgio, o autor diz o seguinte (pág. 66):
A Infinity Trading, de Jereissati, favoreceu a Franton, de Ricardo Sérgio, com dois depósitos. O primeiro, de 18 de janeiro de 2000, somou precisamente US$ 246.137,00. E o segundo, no total de US$ 164.085,00, aconteceu em 3 de fevereiro do mesmo ano." (grifos nossos)
E acrescenta (pág. 72):
A corrida para comprar as estatais havia rachado o governo. De uma parte, o grupo de Mendonça de Barros e do presidente do BNDES, André Lara Resende. De outra, Ricardo Sérgio e sua turma. A primeira facção operando em benefício do consórcio integrado pelo banco Opportunity e a Telecom Itália. A segunda, junto ao Telemar, de Jereissati, mais Andrade Gutierrez, Brasil Veículos, Macal e Aliança do Brasil. Os dois litigantes almejam a adesão da Previ." (grifos nossos)
Mas, de repente (pág. 92):
Parceiro de Dantas no processo de privatização, Ricardo Sérgio lançou mão do mesmo estratagema para movimentar recursos no exterior.” (grifos nossos).
Parceiro de… DANTAS? Sim, Amaury tira essa conclusão mesmo depois de uma miríade de acusações de favorecimento ao grupo de Jereissati e Andrade Gutierrez, dizendo que quem operava em favor de Dantas era o grupo de Mendonça de Barros e André Lara Resende (são acusações do próprio autor, não as ratifico em tempo algum). O dado curioso é como diabos ele se contradiz dessa forma e ainda por cima tenta manter vínculos com quem é objeto de seu ataque político.
A nota de Veronica Serra praticamente demole todas as acusações débeis de Amaury, como a de ser "sócia" de uma empresa quando, na verdade, fazia parte da diretoria (e esta, como qualquer um sabe, é SUBORDINADA não apenas aos efetivos sócios como também ao CEO).
Isso de citar familiares é sempre um prato cheio para a turma da má-fé. Afinal, como ganhou dinheiro? Ora, basta fazer uma pesquisa simples. Tudo devidamente honesto e objeto de reportagem em… 2000! Vejam este perfil traçado pela IstoÉ Dinheiro, trechos a seguir:
Verônica Serra – Você não conhece, mas a filha do ministro pode ser a mulher mais importante da Internet brasileira – Quantas mulheres importantes existem na Internet brasileira? Se você está com dificuldade em lembrar de um nome, anote este: Verônica Serra. Ela tem 30 anos e diz que já ganhou na rede mais dinheiro do que sonhava ganhar a vida inteira. Ativa e bem relacionada, a moça pilota do Itaim, como sócia, o escritório latino-americano da International Real Returns (IRR), uma empresa de administração de ativos com US$ 600 milhões de capital europeu. Nos últimos 13 meses, essa advogada com MBA em Harvard ajudou a criar 12 empresas de Internet (oito delas fora do Brasil) e montou uma teia de relações que a coloca no centro do nascente setor de capital de risco brasileiro. No seu currículo estão sites conhecidos como Zoyd, Decidir e Superbid. "Ela é uma das pessoas mais argutas que eu conheço", opina o empresário Marcos de Moraes, sócio fundador do portal ZipNet, que andou discutindo negócios com a jovem capitalista. "Seu trabalho se destaca do resto do mercado pela qualidade dos projetos." Ah, sim: Verônica é a filha mais velha do ministro José Serra, da Saúde, mas acredita que isso não tem importância no seu ramo de negócios. "Quem está na Internet não tem nada a ver com a área dele", afirma. "Por ter feito o que fiz, tão cedo, as pessoas percebem que não há relação de favorecimento." (…) O pulo do gato da sua carreira de capitalista de risco foi Harvard, para onde Verônica mudou-se em 1995 com uma bolsa de estudos. Lá, conseguiu o primeiro trabalho com fundos de investimentos, em uma companhia de administração de recursos chamada Leucadia. Seu desempenho ali levou-a à IRR. Mas os dois anos em Harvard serviram, sobretudo, para que montasse uma rede de relações pessoais que são a chave do seu trabalho, aquilo que os americanos chamam de networking. Mesmo os concorrentes que não gostam do seus estilo – arrogante, dizem — admitem que a moça tem excelentes contatos. Foi um amigo de curso que a colocou em contato, por exemplo, com os jovens argentinos que fundaram o site de finanças Patagon. Quando eles quiseram entrar no Brasil, em janeiro de 99, Verônica ajudou a contratar um CEO, arranjou parceiros estratégicos e deu conselhos gerais para o implante do negócio. Foi paga com ações da companhia. No início de março, quando o banco Santander comprou 75% da Patagon por US$ 550 milhões, as ações de Verônica já valiam 100 vezes mais. E ela não vendeu (…) Quatro projetos. Além de torná-la pessoalmente rica, o negócio da Patagon abriu para Verônica as portas para outros projetos latino-americanos. Hoje, ela tem no currículo quatro empresas na Argentina, duas no Chile e três nos Estados Unidos, lançadas por empresários latinos. Ela entra com assessoria, participação de 5% a 20% do negócio e, algumas vezes, atração de outros investidores. Os planos desses empreendedores chegam a ela, entre outras vias, pelo Círculo Pinguim – uma rede informal montada em torno dos fundadores da Patagon e seus amigos. A maioria deles, como Verônica, tem passagens nas universidades americanas. Isso é 100% networking, e funciona…" (grifos nossos)
Uma trajetória de sucesso, formação em Harvard, atuação com êxito em diversos contratos e negócios. O perfil é um passo-a-passo do início da carreira da advogada e executiva; não há qualquer vínculo com o setor público, nem empresas a ele ligadas.
Ao contrário, por exemplo, de Lulinha, o ex-guia do Zoológico que, de repente, recebeu aporte milionário em sua empresa justamente do grupo Telemar, de Jereissati/Andrade Gutierrez. Depois disso, o governo mudou as regras das telecomunicações e foi possível a fusão Oi-BrT, ajudada por empréstimo do BB e aporte do BNDES.
Eis a singela diferença entre duas trajetórias. Amaury viu problemas na primeira e ignorou a segunda. O mesmo faz a militância online petista. Mas os fatos são os fatos.
Outra personagem que aparece no livro é Gregório Preciado, tratado como "sócio" ou "primo" de Serra – sendo que não é nenhum dos dois. Quando o ex-governador voltou do exílio, e antes de entrar em qualquer governo ou exercer mandato, comprou um terreno a prestações junto com sua prima-irmã – aliás, vendido depois de amortizado, em 1995.
Como foi o marido dela que fez o negócio por ela, Serra é tratado em todo o livro como sócio empresarial do marido da prima, sem que haja menor evidência de "sociedade". No livro inteiro, porém, é apontado como "sócio" do cara.
Esse é o Método Amaury de associar pessoas para tentar dar sentido a seu arrazoado de acusações falsas.
O livro foi lançado em dezembro de 2011, logo após (semana seguinte, mesmo) surgirem acusações de corrupção envolvendo o ministro Fernando Pimentel (PT/MG) – o mesmo que foi vinculado a Amaury no episódio do "bunker de inteligência" que trouxe à tona o caso de sigilos fiscais quebrados.
Falavam no panfleto de Amaury desde as eleições, mas só foi publicado depois que a batata de Pimentel começou a assar. Evidentemente, apenas uma coincidência. Claro.
O que não foi coincidência é o fato de que APENAS A REVISTA CARTA CAPITAL tivesse recebido exemplar. Na mesma sexta-feira em que o livro foi lançado, a revista circulava com matéria endossando as mentiras e bobagens.
Passou-se, então, a cobrar da "grande imprensa" – QUE NÃO HAVIA RECEBIDO O LIVRO! – a divulgação. Como não falaram nada, veio a tese do "boicote" ou mesmo "censura". Um blogueiro que possui contrato e dívida milionários com o governo federal qualificou a "obra" como "reportagem da década". Dados seus padrões, faz sentido…
E aí criou-se o "Mito do Especialista" – alimentado também pela ladainha de que tivesse estudando o tema por "dez anos". Bobagem. Não é especialista em nada, a não ser em mentir ou confundir-se. E são confusões tão toscas que chega a assustar o fato de terem dado ouvidos a ele.
A carreira de Amaury será analisada no próximo capítulo, mas podemos apontar algumas bobagens além das já examinadas. Ele acusa, por exemplo (pág. 91), a movimentação de US$ 30 bilhões. Sim, você leu corretamente: TRINTA BILHÕES DE DÓLARES. Vejam o que é isso em valores de 2002. Apenas um trecho:
O setor automotivo ocupou a liderança em faturamento, ao contabilizar US$ 30,57 bilhões em vendas. O setor de atacado e comércio exterior veio em seguida, com uma receita de US$ 30,29 bilhões. Com faturamentos de US$ 28,27 bilhões e US$ 27,32 bilhões, ficaram, respectivamente, o terceiro e quatro colocados, representados pelo comércio varejista e o setor de telecomunicações."
Como se vê, Amaury joga valores a esmo para ver se cola, assim como liga pessoas sem ligações ou inventa que gigantes do mercado financeiro teriam sido incorporados por empresas de porte médio.
O especialista, que confunde sociedade e diretoria, seja por burrice ou má-fé, também "acusa" um fundo de ter o endereço da instituição financeira a ele ligado (e isso é obrigação legal!),
Para se ter idéia do marketing da coisa, o subtítulo do livro fala em "documentos secretos…", mas NA NOTA DO EDITOR (pág. 10) há o seguinte: "…calcados em documentos oficiais obtidos em juntas comerciais, cartórios…".
O pior de tudo é que tais documentos, como já demonstramos, não provam coisa alguma. São fac-símiles e cópias reprográficas que dão aquele ar de "coisa séria", mas são inócuos – e o ridículo chega ao ponto, como dissemos, de colocar foto da fachada de um banco.
Comprovamos e demonstramos que o livro, além de mentiroso no conteúdo, é um engodo também no método, na forma da elaboração de "tramas", vínculo de pessoas e "documentos" que nada provam (ou são falsos, como a situação financeira de uma empresa quatro anos após o afastamento de quem – também falsamente – ele diz ser sócia).
Até mesmo a publicidade por ocasião do lançamento é risível, com direito a boatos estapafúrdios como os de "boicote" ou "compra de todas as edições para ninguém na livraria ter acesso" (sim, chegaram até mesmo a esse ponto).
Na semana que vem, publicamos o último capítulo de nossa série sobre o livro.
Depois de abordar conteúdo e forma, falaremos de Amaury, o autor (sobretudo a história real da quebra dos sigilos, com cópias de relatório oficial); Emediato, o editor-entusiasta; blogueiros ligados ao governo que participaram do movimento de divulgação, imputando à obra verdade absoluta (comprovando que ou têm má-fé ou definitivamente não entendem nada de coisa alguma) e, claro, os "mandantes" e aqueles que ficam "bem na fita" com o livro.
Aguardem…
Leia também:
URL: http://www.implicante.org/noticias/gastos-sem-licitacao-crescem-e-chegam-a-r-14-bilhoes/
Ao contrário do que prometeu, governo da “gerentona” aumenta o volume de compras sem licitação. Notícia do Estadão:
O governo da presidente Dilma Rousseff manteve a tendência do antecessor de priorizar gastos públicos feitos sem licitação, opção criticada pelos órgãos de controle interno e que limita a competição entre fornecedores. Segundo os dados mais recentes do Ministério do Planejamento, as compras e contratações de serviços com dispensa ou inexigibilidade de licitação cresceram 8% em 2011, atingindo R$ 13,7 bilhões na administração federal, autarquias e fundações.
A assinatura de contratos com empresas escolhidas sem concorrência nos dez primeiros meses de gestão de Dilma atingiu 47,84% do total, quase metade do orçamento dessas despesas, a maior fatia desde 2006. No último ano de mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (2010), as compras sem licitação corresponderam a 45,25% do total.
Desde o início do segundo mandato de Lula, a dispensa e inexigibilidade de licitação vêm crescendo mais do que outras modalidades de gastos. No primeiro ano do governo Dilma, os gastos feitos sem procedimento licitatório foram 94% maiores do que em 2007. Ao mesmo tempo, o governo de Dilma reduziu o uso de outras modalidades previstas na Lei de Licitações que permitiram maior competição: a tomada de preços e a concorrência, por exemplo.
A título de comparação, enquanto os gastos sem licitação cresceram 8% houve um aumento de 4% nas licitações por pregão, uma modalidade que foi defendida pelo ex-presidente Lula como uma das mais transparentes e menos sujeitas a fraudes.
Em 2005, o petista regulamentou o uso de pregão eletrônico, modalidade em que os competidores apresentam as suas propostas em um sistema na internet, visível a todos.
A opção do governo por diminuir o uso de procedimentos públicos de competição contrasta com as promessas da presidente Dilma Rousseff de melhorar a gestão e dar maior transparência às ações da administração pública federal.
Legislação. A dispensa e a inexigibilidade de licitação estão previstas na Lei de Licitações, de 1993. Grosso modo, o governo pode descartar a concorrência quando o valor for tão baixo que custaria mais fazer todo o processo licitatório. Já a inexigibilidade ocorre quando somente um fornecedor pode apresentar o serviço ou o produto, como medicamentos patenteados.
Também há dispensa de licitação em contratações emergenciais, quando não há tempo de realizar todo o processo de concorrência pública, como obras de reparação após desastres naturais, como consertos de pontes e rodovias, por exemplo. O controle dos gastos é feito pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Descontrole. Para o ministro José Jorge, do TCU, o menor uso de licitações favorece o descontrole de gastos, além de irregularidades em contratações, como o conluio entre empresas.
“É preocupante, porque o grande fator de controle, tanto de preços quanto da qualidade, é a licitação. Toda vez que se foge dela, a probabilidade de haver problemas é maior”, afirmou José Jorge, acrescentando que os contratos sem licitação exigem mais fiscalização do tribunal.
A lei também estabelece outras modalidades de contratação, como o convite ou consultas técnicas antes de uma concorrência. Na modalidade de tomada de preços um ministério faz pesquisa no mercado, identifica o valor de venda de determinado produto e essa lista serve como referência para compras.
No primeiro ano do governo Dilma, além do aumento de gastos por dispensa de licitação, também houve queda no uso de outras modalidades da lei. Os contratos feitos por concorrência foram 14% menores; tomadas de preço caíram 26%.
Ministérios. A prática de dispensa de licitação também contamina a Esplanada dos Ministérios no governo Dilma.
Dados do Ministério do Planejamento mostram que o Ministério da Cultura aumentou em 83% a dispensa e inexigibilidade de licitação no ano passado. Também apresentaram forte aumento desta modalidade as pastas de Minas e Energia (63%), Trabalho (58%), e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (45%).
(grifos nossos)
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