sábado, 13 de agosto de 2011

Os austríacos, é claro, estavam certos - mais uma vez

URL: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1070


austriacos.jpgApós mais de três anos patinando, finalmente chegou-se ao consenso de que a economia americana está novamente em recessão.  Não há crescimento econômico.  O mirrado crescimento estatístico apresentado nos últimos anos -- ninguém ousou dizer que tal estatística equivalia a uma plena recuperação -- foi provavelmente ilusório.

Uma coisa é crescimento real; outra, completamente distinta, é estatística governamental.  As estatísticas iludiram e desorientaram todos os ingênuos, mas agora a verdade já está demasiado óbvia para todo mundo.  E não somente isso: os EUA estão lidando com uma calamidade impossível de ser resolvida, a dívida; o setor bancário virou um zumbi; o mercado de trabalho está estagnado; todo o sistema econômico está inundado de recursos precificados erroneamente, em decorrência dos vários pacotes de socorro e das seguidas impressões de dinheiro; o mercado imobiliário ainda está uma bagunça e não tem outro caminho a seguir a não ser o declínio.

As seguidas rodadas de impressão maciça de dinheiro -- os QE1 e QE2 --, os inacreditáveis esforços do governo para criar "estímulos" por meio de mais regulamentações e as taxas de juros em nível zero não trouxeram nada de positivo para a economia, exceto estragos monumentais.  Toda uma geração ficará sem oportunidades econômicas.  A livre iniciativa -- e, por conseguinte, toda a prosperidade -- está lutando desesperadoramente por sua própria sobrevivência.

Toda essa situação calamitosa se deve àquela única medida que Bush, Obama, republicanos, democratas e todos os magnatas da mídia concordavam ser a coisa certa a se fazer: corrigir os rumos do mercado, estabilizar e em seguida estimular a macroeconomia.  Uma palavra resume tudo: fracasso.

Está surpreso?  Não deveria.  Os seguidores da Escola Austríaca de economia estavam certos desde o início.  E isso não se deve a nenhum truque mágico, a nenhuma bola de cristal.  Os austríacos sabiam a priori que todos esses esforços eram perigosos, destrutivos e que não tinham como dar certo.  Afinal, todas essas tolices keynesianas já haviam sido experimentadas várias vezes, e fracassaram em absolutamente todas essas tentativas.  E há motivos específicos para isso: gastos governamentais consomem e destroem o capital que havia sido poupado, impossibilitando investimentos produtivos; estatizações e pacotes de socorro estimulam e amparam as empresas ineficientes; e a mera criação de dinheiro distorce a realidade e impede a recuperação.

Não é necessário ser um cartomante ou um astrólogo para ver claramente que todas essas asneiras não poderiam atingir seus objetivos especificados.  Tudo o que esses estratagemas fazem é fornecer suporte ao estado e a seus amigos, à custa dos cidadãos comuns e pagadores de impostos.  Eu realmente gostaria de ser solidário a todos aqueles que foram enganados pela propaganda do governo -- e acreditar que aqueles que defendem políticas ignaras estão munidos da melhor das intenções --, mas é muito difícil.

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