terça-feira, 1 de setembro de 2009

O pré-sal no lobby

URL: http://redir.folha.com.br/redir/online/folha/brasil/rss091/*http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/valdocruz/ult4120u617651.shtml


Concluída a fase de elaboração do marco regulatório do pré-sal, que durou 14 meses, entra agora o período de tramitação da proposta no Congresso. Em outras palavras, começa o jogo do lobby pesado sobre os rumos da exploração de petróleo no país. Não necessariamente um lobby ilegal, mas aquele que não teve acesso aos escaninhos do governo para tentar influenciar no modelo fechado pelo governo Lula, como das empresas do setor. Claro que também veremos, a partir de agora, outros interesses difusos tentando se beneficiar do tema. Aí, sim, um lobby muito, mas muito pesado, que nem deveria assim ser chamado. As petrolíferas internacionais já estão debruçadas nos quatro projetos de lei divulgados ontem pelo governo. Vão analisar o que desejam mudar nos textos do governo. Se pudessem, virariam os projetos do avesso. Não podem. Terão de aceitar as linhas gerais da proposta e tentar mudar aqui e ali na busca de preservar alguns de seus interesses. Gostariam e muito, por exemplo, de não dar à Petrobras o status de operadora única do pré-sal. Mas essa é uma batalha quase perdida. O presidente Lula deve contar com o apoio de sua base aliada para aprovar a espinha dorsal do projeto. Entre os governistas, ninguém vai querer tirar o que o Palácio do Planalto entregou à Petrobras, por exemplo. Esse papel deve ser desempenhado pela oposição. Na Câmara, sem chances. No Senado, talvez. Mas o viés nacionalista dos projetos deve agradar inclusive os peemedebistas e outros governistas rebeldes. Esse apoio, contudo, não deve sair de graça. Aí entra um lobby muito perigoso, principalmente na véspera de ano eleitoral. A conferir qual será o preço da fatura. Leia mais (01/09/2009 - 00h02)

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