quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Faites vos jeux"

URL: http://redir.folha.com.br/redir/online/folha/brasil/rss091/*http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u628107.shtml


Volta e meia algum parlamentar tira do escaninho uma proposta para legalizar o jogo no Brasil. Os alinhamentos se seguem quase automáticos: a turma ligada à moral e aos bons costumes se junta à bancada da segurança (Ministério Público, Fisco, polícia) para protestar, enquanto setores associados à indústria do turismo e sindicatos aplaudem a iniciativa. Não estou na folha de pagamento de nenhum desses lobbies e muito menos na dos donos de bingo, bicheiros e traficantes de drogas. Nunca entendi, porém, em qual lógica se baseia a ideia de que o Estado precisa proteger o indivíduo de si mesmo. Ou melhor, até compreendo, mas é uma lógica torta, à Jânio Quadros. Ela é, para dizer o mínimo, contrária a todos os princípios que fundamentam as sociedades abertas contemporâneas, que têm como pressuposto a noção que os cidadãos são, na maior parte das vezes, seres capazes de tomar decisões racionais e por elas responder. Receio, entretanto, que já esteja me antecipando. Comecemos pelo lado negro do jogo. Casos de pessoas que desenvolvem sérios problemas psicológicos e financeiros por causa da mania de apostar são conhecidos desde a Antiguidade. Foram imortalizados por autores como Dostoievski, cujo clássico "O Jogador" vale por um tratado de psiquiatria. Leia mais (24/09/2009 - 00h15)

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